O réu, Luiz Aquino Pavão, acusado de raptar, matar e queimar o corpo do comerciante Fernando Barbosa dos Reis, em 2016, foi absolvido da acusação que era imposta contra ele. A decisão tomada em júri popular, nesta quinta-feira (26), causou comoção na família da vítima, que aguardava penas duras por conta do homicídio. A audiência foi presidida pela juíza Mônica Catarina Perri, da Primeira Vara Criminal de Cuiabá.
O julgamento se estendeu por nove horas, nas quais foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação. O Ministério Público Estadual (MPE), representado pelo promotor de Justiça Kledson Dionysio de Oliveira, sustentou a culpabilidade do réu pelos crimes de homicídio por motivo torpe e condição que dificultou a defesa da vítima.
A defensora Erinan Goulart Ferreira rebateu insistindo na inocência do réu, que negou veemente a autoria do crime. O MPE não utilizou o direito de réplica e o jurados votaram pela absolvição de Pavão sob a alegação de que não havia provas suficientes para incriminar o homem.
De acordo com a denúncia do MPE, Fernando foi sequestrado, morto e teve o corpo parcialmente queimado, na região da Ponte de Ferro em Cuiabá. Pavão foi o culpado pelo crime, pois teria descoberto que a esposa mantinha um relacionamento amoroso com a vítima.
O cadáver foi localizado no dia seguinte ao crime, por uma pessoa que passava pelo local e viu os restos mortais de Fernando. Logo após a localização, Pavão mudou-se repentinamente para a casa de familiares no Maranhão, onde foi preso em abril de 2017, pela delegada Juliana Palhares, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), recambiado para Cuiabá e encaminhado para a Penitenciária Central do Estado (PCE).
Em entrevista ao Hipernotícias, a filha da vítima disse que a família está em choque e perplexa com o resultado do júri. “Não consegui dormir a noite. Estamos péssimos. O sentimento é que a justiça não foi feita”, afirma Fernanda Barbosa.
Fernanda relata que irá acionar o MPE para que recorra do resultado do júri. “Acredito que tem que ser revisto. A morte do meu pai não pode passar sem que o culpado seja punido”, ressalta.
Indignada, a filha questiona que peças importantes para elucidar os fatos não foram convocadas, como a delegada Juliana Palhares, responsável pelo inquérito e a esposa do acusado, que seria o pivô do crime. Outro ponto questionado pela jovem é o motivo pelo qual a investigação que tramita contra Pavão, sobre ele ter espalhado fotos pelas redes sociais acusando o irmão de Fernanda de violência sexual, não foi apresentada ao júri. Esta ação teria ocorrido enquanto ele estava na PCE.
Nenhum familiar do acusado compareceu ao julgamento e Pavão foi embora para casa depois de absolvido. “Ele demonstrou que é frio e calculista. Psicopata”, frisa a filha.
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Salcheado 28/04/2018
IMPUNIDADE, país em que o crime compensa. Imagino que o Ministério Público ao não se pronunciar na réplica, demonstra falta de preparo e descaso. Não se preparar o suficiente QUE É SEU DEVER, de ofício denota que o MP não faz o que deveria fazer. Imagino a dor da família do Sr, que foi brutalmente assassinado, e agora vê seu algoz livre, pronto para MATAR novamente. Estamos numa sociedade em que impera a lei da bandidagem, SALVE-SE QUEM PUDER.
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