O Tribunal de Júri inocentou o auxiliar de serviços gerais, Diego José da Silva, 25 anos, do assassinato de sua ex-namorada, Poliana Alessandra de Araújo Alves, 14 anos, e a amiga dela Luzinete Lemos Rodrigues, 16 anos, no ano de 2014, no bairro Umuarama, em Cuiabá. Ele ficou preso desde a época do crime, mas foi inocentado e solto por falta de provas.
O julgamento aconteceu no dia 2 de dezembro e contou com sete jurados. A audiência foi presidida pela juíza de Direito Mônica Catarina Perri Siqueira, da Primeira Vara Criminal da Capital.
No procedimento, a defesa de Diego negou que ele tenha cometido o crime e apresentou um vídeo indicando que o auxiliar de serviços gerais não estava na cena do crime no dia em que as adolescentes foram encontradas mortas.
Após a alegação da advogada do homem, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), representado pelo promotor Samuel Frungilo, produziu a acusação sustentando a tese de “absolvição por insuficiência de provas, de ambas as vítimas”.
Diante disso, os juízes decidiram pela absolvição do réu. “O Conselho de Sentença e as partes retornaram à sala pública do Plenário do Júri, onde ali, de portas abertas, a MMª. Juíza leu a Sentença pela qual absolveu o acusado Diego José da Silva, qualificado nos autos, o que faço com fulcro no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal. Após a leitura da Sentença a MM” diz parte do trecho da decisão.
Depois da determinação, Diego deixou o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pontes e Lacerda (485 km de Cuiabá), no dia 3 de dezembro de 2019.
As vítimas foram encontradas mortas na madrugada do dia 5 de outubro, dentro de uma quitinete. Diego foi preso 13 dias depois do crime, apontado como o principal suspeito de ter cometido o duplo assassinato.
Na época do crime, Diego trabalhava como auxiliar de serviços gerais na 2ª Delegacia de Polícia Civil, antigo Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), localizado no bairro Planalto. Ele não tinha passagens criminais e prestava serviço para uma empresa terceirizada.
O caso
Os homicídios aconteceram por volta das 02h45. Poliana e Luzinete estavam em um bar, comemorando o aniversário da mãe de Luzinete. Em certo momento da festa, elas resolveram ir até uma quitinete para tomar banho e depois voltar às comemorações. Nesse momento, ocorreu o crime.
Quase uma hora depois que as meninas saíram da festa, o namorado de Luzinete desconfiou da demora e resolveu procurar as meninas. Quando chegou na quitinete, encontrou as garotas mortas, caídas na sala da casa e sem roupas. O cômodo estava tomado por sangue.
“Cena de filme de terror. Olhei e voltei pra trás, para avisar o que tinha ocorrido”, disse o namorado de Luzinete na época do crime.
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