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Sexta-feira, 08 de Abril de 2011, 20h:31

Daltro diz que tragédia do Rio deve servir de alerta

Governador fala das providências do Governo de MT na área de segurança pública para as escolas, e defende implantação de Guardas Municipais

PAULO COELHO

 

Mayke Toscano/Hipernotícias
Chico Daltro cumprimenta o piloto Joaninha, durante exibição para o público de Cuiabá que foi ao evento oficial de aniversário da cidade, nesta sexta
A chacina ocorrida na manhã de quinta-feira [06], mesmo sendo um caso isolado, serve de alerta para a segurança pública de Mato Grosso junto às escolas públicas e privadas.

 

A afirmação é do governador em exercício Chico Daltro [PP], que salientou, porém que o lamentável incidente “veio do imponderável e de uma fatalidade” que chocou o país e o mundo.

Para o governador, a brutalidade que teve como cenário uma escola municipal de Realengo, não é comum no Brasil e ocorre com muita freqüência em outros países, como o Estados Unidos.

“Estamos chocados com o que aconteceu; Mato Grosso também está de luto com o Rio de Janeiro. Mas, trata-se do imponderável, só que, com isso, vamos redobrar nossa atenção para a segurança nas escolas”, salientou Daltro, em entrevista ao Hipernotícias durante evento de comemoração dos 292 anos de Cuiabá, una manhã desse sexta [08].

Chico Daltro devolve o cargo para titular, Silval Babosa PMDB], na próxima segunda-feira dia 11.

Segundo ele, o governo do Estado tem metas claras e objetivas para melhorar a segurança, e está atento às necessidades emergenciais.

Fatores que, em tese, contribuiriam para a sensação de segurança nas escolas e nas ruas seriam o incremento no efetivo policial e a criação de Guardas Municipais. Em todo o Estado, só duas cidades possuem da GM. A mais tradicional é a de Várzea Grande, criada na década passada sob administração municipal do ex-prefeito, ex-governador e atual senador Jaime Campos [DEM].

Em Cuiabá, a GM foi implantada no primeiro semestre de 2010, depois de esperar na gaveta desde sua aprovação pela Câmara de Vereadores, em 2006. Mesmo assim, o efetivo da Guarda criada para a Capital não chega a 20 homens e não há previsão de concurso público pela prefeitura. A de Várzea Grande também é alvo de denúncias e reclamações por parte da população, diariamente, quanto à qualidade dos serviços, que é comprometida devido a estrutura física e de patrimônio que ainda é a mesma desde sua implantação em 2002.

Outro fator considerado determinante, inclusive pelo próprio governo do Estado, é o efetivo da Polícia Militar. Atualmente há, conforme a Secretaria de Segurança Pública, menos de seis mil homens na corporação, quando o recomendado seriam 11 mil.

Segundo o secretário Diógenes Curado, essa meta, hoje recomendada pelas Organizações das Nações Unidas [de um policial para cada 250 habitantes] está sendo pretendida para até 2014. Pelo último levantamento do IBGE, a população de Mato Grosso é de 2,8 milhões de habitantes.