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Política Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 10:15 - A | A

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Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 10h:15 - A | A

FARRA DO LACRE

Em delação, irmão de Silval confirma esquema de propina envolvendo Detran

MAX AGUIAR/JESSICA BACHEGA

O irmão do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, o empresário Antonio Barbosa, teria confirmado o suposto esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), entre os anos de 2008 e 2010. Segundo fontes do HiperNotícias, ele citou os mesmos nomes e o modus operandi no esquema que teria sido delatado por Teodoro Lopes, o Dóia, ex-presidente da autarquia.

 

Reprodução

doia detran

Delação de Teodoro Lopes, o Dóia, (foto), foi confirmada pelo irmão de Silval Barbosa, o empresário Toninho Barbosa

Em sua delação, feita em outubro de 2015, Dóia revelou que as empresas FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação Ltda. (que agora usa o nome de EIG Mercados Ltda.), e a Santos Treinamento Ltda. (que tinha Botelho como sócio), teriam sido usadas para lavar dinheiro no esquema iniciado em 2009.

Essa situação também foi questionada ao irmão de Silval Barbosa e confirmada por ele, durante delação da Operação Malebolge, na Procuradora-Geral da República.

 

Por conta dessas informações, o Gaeco, com apoio do Núcleo Ação de Competências Originárias (Naco), desencadearam a Operação Bereré. A Polícia Civil também participou da ação, com delegados da Defaz e outras delegacias de Cuiabá, Sorriso e Brasília. 

 

Outra investigação

 

Em dezembro do ano passado, O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito civil para investigar o ex-governador Silval Barbosa, o deputado estadual Mauro Savi (PSB) e Antônio Barbosa (irmão de Silval) por possíveis crimes cometidos no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT).

Alan Cosme - HiperNotícias

gaeco

Operação Bereré foi desencadeada nesta segunda-feira

“Instaurar inquérito civil público com a finalidade de investigar supostos atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, com envolvimento do ex-Governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, de seu irmão, Antônio da Cunha Barbosa Filho, e do Deputado Estadual Mauro Savi, decorrente de retorno financeiro obtido por intermédio de empresa de assessoria, de propriedade de Vivaldo Lopes, em virtude de contratos firmados com o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso”, diz trecho da portaria publicada em 13 de dezembro. 

 

O inquérito tem por base a delação do irmão do ex-governador, Antonio Barbosa, que afirmou em sua colaboração que recebeu cerca de R$ 710 mil em propina paga por empresa fornecedora de lacres para o Detran. Ele ressalta que a propina teria sido negociada pelo deputado Mauro Savi e seria dividida com o ex-chefe do Executivo.

 

Conforme o delator, em 2011 foi procurado pelo ex-secretário adjunto da Fazenda, Vivaldo Dias, sob o pretexto de saber se Silval estava recebendo o valor da propina paga pela empresa de lacres. Dias alertou Antonio que o valor arrecadado girava em torno de R$ 65 mil a R$ 80 mil e seria dividida entre Savi e Silval.

 

A propina era passada pela fornecedora de lacres a uma empresa de Vivaldo Dias e repassada a Mauro Savi. O delator respondeu ao adjunto que não sabia de nada do assunto e buscou informações junto ao irmão.

 

O delator conta no documento que não estava recebendo nada, mas como o valor estava sendo recebido em seu nome, autorizou o irmão a pegar “sua cota” para sanar despesas de campanha.

 

Diante da ordem, Vivaldo passou e entregar a cota de Silval, em torno de R$ 30 a R$ 40 mil, para Antônio Barbosa. Entre os anos de 2011 e 2014 foram feitos cerca de 12 pagamentos. Em 2014 o contrato da empresa com o Detran foi rompido e os repasses suspensos. 

 

Operação Bereré

As investigações tiveram início na Defaz, sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo Naco Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília-DF, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar.

 

Segundo informações preliminares, a operação, no âmbito do Ministério Público, estaria nas mãos do coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), o promotor de Justiça Antonio Sérgio Cordeiro Piedade. O magistrado que assina a ordem seria o desembargador José Zuquim Nogueira. 

 

Dentre os alvos estão dois parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, o ex-deputado federal Pedro Henry, servidores públicos, empresas e particulares. A operação tem por objetivo desmantelar uma organização criminosa, que atuava junto ao DETRAN urdida para desvios de recursos públicos.   

 

Estão envolvidos no cumprimento da ordem judicial uma força tarefa com aproximadamente 200 integrantes, dentre Policiais Civis, Policiais Militares, Delegados de Polícia e Promotores de Justiça.

 

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