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Artigos Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2011, 12:30 - A | A

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Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2011, 12h:30 - A | A

Centro-Oeste Sul Americano competitivo II

Mais do que uma questão econômica a Integração Regional Sul Americana é a reparação de um equívoco histórico cometido contra os povos sul americanos, ao lhes imporem viver de costas uns para os outros: uns mirando o atlântico e outros o pacífico

SERAFIM CARVALHO MELO

secom/MT

No obstante Mato Grosso ser o oitavo maior exportador do Brasil, com U$5.982 milhões em 2010 e U$7.136 milhões de janeiro/agosto de 2011, deixando para trás os demais estados da região, muitos da costa atlântica e das regiões norte e noroeste do País, ele tem sido penalizado pelo Governo brasileiro, desde o ano de 2004, quando este apoiou e financiou a ligação de Mato Grosso do Sul com o norte do Chile e do Acre com o sul do Peru. Coincidência ou não à época, ambos, os governos estaduais alinhados com o PT de Brasília.

Nada contra estas ligações, muito pelo contrário, quanto mais, melhor, pois esta logística resulta em competitividade para os produtos regionais. Entretanto, desde que os demais estados da região fossem igualmente contemplados. Como se sabe, o pleno acesso a partir de Mato Grosso para estas regiões da costa do Pacífico e norte da Argentina, via Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, depende da conclusão asfáltica de 450 Km de rodovia, desde a fronteira Brasil/Bolívia, em San Matias, até Concepcion. Sabe-se também que, apesar deste trecho de rodovia não ser asfaltado, passam anualmente cerca de U$100,00 milhões do Brasil para a Bolívia em máquinas, implementos agrícolas e produtos manufaturados.

A base econômica dos estados fronteiriços do lado brasileiro define sua pauta de produtos exportáveis, como os produtos da Zona Franca de Manaus e o ecoturismo no Estado do Amazonas. Em Rondônia, no médio e longo prazo será a agropecuária e a madeira. O Estado do Acre não dispõe de produtos em quantidades significativas para exportação. Mato Grosso do Sul, pela limitação de sua área de produção já integralmente ocupada, o que produz atualmente de grãos e carnes para exportação, continuará produzindo e exportando sem aumento significativo de volumes. Resta o Estado de Mato Grosso, que dispõe de quantidades significativas de excedentes exportáveis e áreas já abertas, disponíveis para inserção no processo de produção agropecuária. Por isto mesmo é que ele ocupa a oitava posição no ranking dos maiores exportadores do Brasil, mas praticamente toda pela costa atlântica, inclusive para os países andinos, nossos vizinhos.

Mais do que uma questão econômica a Integração Regional Sul Americana é a reparação de um equívoco histórico cometido contra os povos sul americanos, ao lhes imporem viver de costas uns para os outros: uns mirando o atlântico e outros o pacífico.

Esta bandeira pioneira empunhada pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, desde 1992, haverá de sensibilizar ainda o Governo de Mato Grosso para juntos liderarem um movimento integracionista, que sensibilize os governos centrais, regionais e a classe empresarial das regiões inseridas neste grande círculo imaginário, visando a promoção do seu desenvolvimento econômico com paz e justiça social.

Com o Eixo Rodoviário de Integração Regional e Desenvolvimento, a conclusão da ligação asfáltica Cuiabá – Santa Cruz de La Sierra se reveste de singular importância, pois as estradas se constituem no mais importante fator de fixação do homem a terra. O vazio demográfico, a pobreza e a insegurança existentes nesta fronteira, só serão superadas, com a ocupação ordenada e a implementação de atividades autossustentadas. Sem esta ligação concluída Mato Grosso perde a oportunidade de competir com grandes vantagens, em relação a todos os outros estados brasileiros, pois ele dispõe de abundância de matérias-primas como demonstramos, de tecnologia e de energia elétrica para transformá-las, resta-nos, portanto os mercados.

Se a Integração Regional Sul Americana se consolidar a partir das costas marítimas do atlântico e do pacifico, nos deixará isolados continentalmente no Centro-Oeste, tal como estamos atualmente e de costas uns para os outros.

(*) SERAFIM CARVALHO MELO é vice-presidente do Conselho Temático de Integração Internacional do Sistema Fiemt

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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