Desempregado consegue 'cargo' de Papai Noel em 1º shopping do Acre

Após ficar desempregado por seis meses em Rio Branco, o segurança Francisco Demetrios Freitas Ferreira, de 36 anos, conseguiu um emprego que nunca imaginaria que um dia teria: Papai Noel.

Escolhido para ser o bom velhinho do primeiro shopping do Acre, inaugurado no início de novembro na capital do estado, ele diz que, apesar de a atual profissão ser bastante diferente daquela em que costuma atuar, está realizando um sonho neste Natal. “Muitas pessoas têm essa vontade de sentir a energia de crianças te abraçando, é uma energia verdadeira”, afirma.

Ferreira conta que o emprego de Papai Noel apareceu de repente. Morador de Rio Branco, ele havia ido para Mato Grosso do Sul fazer um curso em sua área, de segurança patrimonial. Após passar mais de um ano por lá, precisou voltar ao Acre por problema pessoais e precisou de emprego.

“Quando eu cheguei de volta a Rio Branco, entreguei alguns currículos e não tinha conseguido nenhum serviço. Aconteceu que eu tinha um amigo que está prestando serviços para o shopping e, como eu me encaixei no perfil do Papai Noel por ser fofinho, ter o tamanho certo, ser desinibido, ele me chamou para eu trabalhar com ele nesse período de Natal. E de imediato eu aceitei porque para mim seria gratificante”, afirmou.

PEDIDOS

E neste final de ano, o bom velhinho tem sido um dos atrativos para a garotada ir ao novo shopping. Os aposentados Glória Rodrigues, de 63 anos, e Valmir Neves Rodrigues, de 64 anos, aproveitaram para levar o neto, Rafael, de 3 anos, para fazer pedidos ao Papai Noel. “No dia da inauguração a gente já trouxe ele, mas ainda não tinha o Papai Noel, então voltamos”, afirmou a avó. Rafael disse que pediu uma “carrocinha”.

A gerente Franciele Caldim, de 30 anos, e o executivo Cristiano da Silva, de 38 anos, também aproveitaram para levar a filha Maria Clara, de 4 anos, para ver o Papai Noel. “É uma novidade. Ela já tinha visto Papai Noel antes, mas trouxemos para conhecer o deste shopping”, afirmou a mãe.

O militar Alexandre Macedo, de 28 anos, também levou a filha, Manuela, de um ano e meio, para abraçar o bom velhinho. “É muito bom ter essa opção de lazer”, disse a mãe, Shana Rodrigues Macedo, de 33 anos, referindo-se ao novo shopping da cidade.

Para tirar uma foto exclusiva com o Papai Noel, é preciso pagar R$ 10, mas muitas famílias fazem a foto com suas próprias máquinas digitais. O bom velhinho disse que já ouviu de todos os tipos de pedido. “Aqui as crianças pedem de tudo, desde um brinquedo até uma cesta básica, a reconciliação dos pais. Pedem saúde, que o Papai Noel possa trazer felicidade na casa delas, possa juntar a paz (...). As meninas pedem bastante um namorado bonito, fiel, rico. E às vezes o Papai Noel não pode realizar esse sonho delas”, diz.

Já o sonho do Papai Noel é, depois que encerrar o período das festas, conseguir um emprego como segurança no próprio shopping. “Essa foi a área que eu escolhi para trabalhar, que eu me identifico bastante (...). Futuramente eu pretendo trabalhar aqui também, mas como segurança, é o que eu quero”.