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Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2011, 20h:11

Streaming vai superar TV a cabo nos próximos anos, segundo Netflix

Mesmo a HBO, canal a cabo consolidado, agora permite que as pessoas assistam a seus programas em streaming por meio da HBO Go

DA FRANCE PRESSE

O streaming, acesso a arquivos de áudio e vídeo na internet sem carregamento prévio, deve superar a TV a cabo daqui a três ou cinco anos, disse o executivo da Netflix, Reed Hastings, que também previu o aumento da concorrência.

Hastings afirmou na terça-feira que o rápido crescimento das contratações de internet domiciliar com conexão de fibra óptica vai causar um aumento acentuado na utilização de serviços de vídeo online, em contraste com serviços de cabo tradicional.

O streaming "é a única coisa que vai importar para as pessoas" dentro de poucos anos. "As pessoas estão apaixonadas pela banda larga, no final do clique já começam a assistir", assinalou.

Diante de uma plateia de analistas de investimentos, Hastings disse que sua empresa, que antes fornecia um serviço tradicional de DVD e passou a ser um provedor de entretenimento online, terá que pagar entre US$ 1 e 2 bilhões por ano por novos conteúdos para continuar superando a concorrência.

"Temos que expandir tudo o que pudermos antes que o resto do mundo se atualize", falou Hastings na conferência da UBS sobre meios globais e comunicação em Nova York.

Ele acrescentou que já existe uma guerra pelo mercado do streaming, mas a Netflix, que recebe 24 milhões de inscrições mensalmente, e o serviço da HBO, HBO Go, dominam a oferta disponível.

"A concorrência que mais tememos... é a HBO Go", disse. "Nós dois iremos competir por muito tempo".

A HBO é um canal a cabo consolidado, produz há muito tempo suas próprias séries e filmes, e agora permite que as pessoas assistam a seus programas em streaming por meio da HBO Go.

A Netflix surgiu do serviço de compras de DVD por correio, gastou muito dinheiro para comprar os direitos para transmitir vídeos e só agora começou a produzir seus próprios programas.

No início deste ano, a companhia ganhou a batalha contra a HBO pelo direito de fazer uma versão americana da extinta série dramática política britânica da década de 1990, "House of Cards".

A produção, de 26 episódios, será protagonizada por Kevin Spacey e custará cerca de US$ 100 milhões, segundo estimativas de vários meios de comunicação.

Hastings afirmou que a Netflix espera um "substancial" crescimento de assinaturas no próximo ano com a ampliação de sua oferta e seu ingresso nos mercados estrangeiros.