Policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagraram na manhã desta sexta-feira (30) a segunda fase da Operação Convescote. Os alvos da operação são servidores públicos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), do Tribunal de Contas do Estado (TCE), além de empresários e funcionários de uma fundação de ensino de Cáceres, a 220 km de Cuiabá. No total são 13 mandados de busca e apreensão, todos assinados pela juíza Selma Arruda, titular da Vara de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá.
Alan Cosme/HiperNoticias
Nas primeiras horas da manhã os alvos já estavam recebendo ordens de prisão e condução coercitiva em seus desfavores.
Além do crime de constituição de organização criminosa, também há indicativos da prática de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.
Entre os alvos dos mandados estão servidores do Tribunal de Contas e da Assembleia Legislativa, bem como funcionários do Sicoob e Faesp.
A ação do Gaeco pretende desarticular uma organização criminosa que saqueava os cofres públicos, especialmente recursos públicos da Assembleia Legislativa.
O desvio teria sido feito por intermédio da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp), que tem sede em Cáceres. A Faesp declarou que entregou todos os documentos requisitados pelo Gaeco e declarou que a instituição está cooperando para auxiliar na operação. Em Cáceres, o Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão.
Os conduzidos na operação serão levados para o prédio da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), do MPE, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá. Segundo o dicionário, a palavra 'Convescote' significa piquenique.
No dia 20 de junho o Gaeco deflagrou a primeira fase da Operação Convescote. Naquela oportunidade foram presas 11 pessoas sob suspeita de desvio de mais de R$ 70 milhões dos cofres públicos.
Uma equipe do Fantástico da rede Globo está em Cuiabá acompanhando as ações desta segunda fase da operação.