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Segunda-feira, 05 de Dezembro de 2011, 13h:00

Taques vai pedir que PDT não aceite mais ocupar ministério no governo Dilma

Para o senador, que diz ter o apoio do colega Cristóvam Buarque, presidente da República tem que administrar de forma profissional, por isso não defende que pedistas insistam com o ministério

PAULO COELHO

Mayke Toscano/Hipernotícias

Senador também alega que não aceitaria ser o substituto de Carlos Luppi no Ministério do Trabalho. "Sem chance", diz

Após a confirmação da demissão do ministro do Trabalho, Carlos Luppi neste domingo (04), o senador Pedro Taques adiantou ao HiperNotícias que vai defender , novamente, em reunião nesta semana em Brasília, que o PDT não pleiteie mais cargos no governo da presidente Dilma (PT).

 “Acho que o PDT não precisa de cargos, o partido tem que ficar sim na base do governo, defendendo seu papel, mas sem cargos”, frisou,  salientando que nesse sentido conta com a mesma opinião, do colega dele de sigla Cristóvam Buarque .

Para Taques não houve qualquer surpresa na demissão de Luppi que, politicamente se desgastou muito após as denúncias de que ele teria liderado um esquema de cbrança de propina de Organizações Não-Governamentais (ONGs), contratadas para treinar trabalhadores.

“Eu já defendia esse afastamento lá atrás, acho que agora ele terá a oportunidade de se defender dessas acusações e acho que ele não pode ser pré-julgado”, avaliou Taques.

A situação de Carlos Luppi no Ministério ficou ainda mais abalada com a repercussão de reportagem da revista Veja, em 12 de novembro, com a informação de que ele teria usado um avião alugado por um empresário dono de uma ONG que, tem vínculos contratuais com o Ministério do Trabalho.

Mesmo avesso à ocupação de cargos ministeriais,Pedro Taques refuta a idéia de que ele seja uma das alternativas que o PDT deve indicar para substituir Luppi.

“Isso não existe, meu objetivo é desempenhar bem meu papel de senador, cargo ao qual eu fui eleito, não há nenhuma chance disso ( indicação) acontecer”, frisou, ponderando que o partido pode divergir da opinião dele e optar por indicar um outro nome para se manter no ministério.

“Temos que deixar a presidente fazer uma administração profissional, por isso defendo a não ocupação de cargos no governo”, completou, sem sober precisar a data desta reunião, apenas garantindo que será nesta semana.

Carlos Luppi, que era remanescente do governo Lula, ocupava o comando do Ministério do Trabalho desde 2007, já que o PDT o indicou também para compor o staff de Dilma Roussef, em dezembro passado. Ele é o sétimo ministro a cair em menos de um ano do novo govern petista.

Desses, seis foram exonerados após denúncias publicadas por jornais e revistas de circulação nacional.

Antes dele caíram : Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Orlando Silva (Esportes).