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Quinta-feira, 01 de Dezembro de 2011, 20h:32

Procuradores recusam réplica e decisão do Conselho de Sentença sai ainda nesta quinta

Depois da fase de debates seria iniciada a réplica e depois a tréplica, que são usadas pela acusação e defesa. Dessa forma, resultado do júri deverá sair ainda nesta quinta-feira

JORGE ESTEVÃO

Numa atitude que causou surpresa, procuradores da República entraram com pedido de cancelamento de réplica (contestação), que a acusação tem direito, logo após a fala da defesa, na última fase de debates. Dessa forma, o juiz Rafael Vasconcelos encerrou as fases e foi para sala secreta elaborar as perguntas para entregar ao Conselho de Sentença. Assim, o Tribunal do Júri deve se encerrar até às 23h desta quinta-feira (1).

Antes da decisão do juiz Rafael Vasconcelos, a defesa do empresário Josino Guimarães reiniciou a fase de debate com ênfase para os depoimentos do então delegado José Pinto de Luna, primeiro autoridade da Polícia Federal encarregada das investigações a respeito do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, morto com 2 tiros, no Paraguai, no dia 7 de setembro de 1997.

O primeiro advogado da defesa, João Nunes Cunha Neto, enfatizou que o Ministério da Justiça, à época do crime, enviou um dos delegados mais preparados para cuidar do caso. “Com um excelente trabalho, o delegado resolveu o caso em três meses. E concluiu que não houve crime de mando”, disse o advogado Cunha Neto.

Depois de elogiar o trabalho do delegado Luiz Pinto de Luna, cunha Neto passou para uma fase que é sempre usada por advogados de defesa, que é de colocar o réu na condição de sofrimento ocasionado pelo fato dele estar preso desde o dia 9 de maio.

O empresário, junto com o delegado Márcio Pieroni e três outras pessoas montaram uma fraude processual para atrapalhar o julgamento de Josino, que começou na terça-feira (29).

Cunha Neto afirmou que o réu entrou em processo de depressão por estar preso e por ser acusado de um crime que não cometeu. “Ele (o empresário) foi linchado moralmente. Enquanto os senhores (jurados) estão confinados em apartamentos, nosso cliente está isolado dentro de uma fétida cela”, alegou.

Depois, entrou em debate o segundo advogado de Josino, Waldir Caldas, que praticamente utilizou dos mesmos argumentos.