O presidente francês, Nicolas Sarkozy, destacou nessa quinta-feira a necessidade de "refundar" a Europa e de restaurar sua credibilidade e confiança, e anunciou que na segunda-feira (5) irá se reunir com a chanceler alemã, Angela Merkel, para lançar propostas que garantam o "futuro do continente".
Em discurso na localidade de Toulon, Sarkozy disse que fará "todo o possível para que a França e a Alemanha sejam um pólo de unidade".
Segundo ele, a crise do euro é "uma crise de credibilidade" e "de confiança".
O líder francês afirmou ainda que o que aconteceu com a Grécia "não se repetirá mais e que nenhum Estado da Eurozona entrará em default".
"É preciso que fique claro que o que houve com a Grécia aconteceu em um contexto muito particular e que não se repetirá mais", disse Sarkozy.
Ele disse estar "convencido" de que o BCE (Banco Central Europeu) é um organismo independente e continuará sendo (...) e atuará contra as ameaças da crise da dívida na Europa.
"O BCE fará sua parte contra o risco deflacionário que ameaça a Europa", afirmou Sarkozy em Toulon (sul).
MUDANÇAS
Sarkozy pediu também uma reforma do financiamento do modelo de proteção social que se tornou, segundo ele, "insustentável".
"Não podemos financiar nossa proteção social como antes, com cotações salariais quando as fronteiras são mais abertas e temos que enfrentar a competência de outros países com baixos salários. A reforma de nosso modelo social possui uma urgência absoluta", afirmou o Sarkozy em um discurso sobre a crise na Europa.
O presidente advertiu ainda os franceses sobre o risco de um "isolamento", que teria consequências econômicas e sociais devastadoras, em resposta aqueles que questionam a vigência da Eurozona, ameaçada pela crise da dívida.
Sarkozy também disse que o Acordo de Schengen, sobre a livre circulação de pessoas no interior do espaço europeu, deve ser "reformulado".
"A Europa aplica o princípio de livre circulação, que não controla suas fronteiras exteriores", disse.
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