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Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011, 17h:00

Núcleo da UFMT realiza campanha pelo fim da violência contra as mulheres

De acordo com a pesquisadora do Nuepom, de seis casos de agressão em Cuiabá apenas uma é notificada na Delegacia da Mulher

ALIANA CAMARGO

Imagem da Internet

Campanha pelo fim da violência contra as mulheres é realizado em 159 países até o dia 10 dezembro deste ano

O Núcleo de Estudos sobre a Mulher e Relações de Gênero (Nuepom) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), junto com outras entidades, aderiram à campanha internacional, que há dez anos pede o fim da violência contra as mulheres.

São 159 países que inciaram os “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”. A programação teve início na última sexta-feira (25) e vai até o dia 10 de dezembro.

O Nuepom, que é responsável em Mato Grosso por organizar as atividades, há três anos aderiu à ação que tem por objetivo levar a entidades, escolas e movimentos populares informações sobre a realidade da violência contra as mulheres e suas implicações.

“É uma luta diária e estamos trabalhando para mulheres saiam dessa situação (de violência). Quando alguém bate em uma mulher isso faz com que a violência se perpetue para a sociedade inteira, seja para os seus filhos, no trabalho. Além disso, muitas mulheres ficam com problemas de saúde, até mesmo adquirindo doenças crônicas”, enfatizou a integrante do Nuepom, Irenilda Ângela dos Santos.

A pesquisadora diz que os dados ainda não estão fechados neste ano sobre a violência contra mulheres, mas assegura que há muita sub notificação em relação ao assunto. A explicação de Irenilda é de que a cada denúncia feita na Delegacia Especializada da Mulher, mais de cinco casos não são efetivados como crime porque a vítima prefere que o assunto fique somente no ambiente doméstico. 

“Então ficamos sem os dados totalmente fechados porque de seis casos de violência apenas um é notificado”.

Apesar de muito trabalho na conscientização para evitar a violência doméstica , Irenilda dos Santos diz que Cuiabá foi a segunda capital no país a abrir a Delegacia de Defesa da Mulher em 1986. “Em 1985 foi aberta a primeira em São Paulo, depois em Cuiabá. Também contamos com duas varas especializadas sobre violência contra a mulher”, disse.

Além da Universidade Federal de Mato Grosso, que coordena as atividades, a 1ª e 2ª vara especializada, Delegacia de Defesa da Mulher, Defensoria Pública, Escolas e Empresas também estão envolvidos na campanha.

PROGRAMAÇÃO

Nesta segunda-feira (28), a partir das 19h, tem mesa redonda no auditório 1 do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFMT. O tema será “Lei Maria da Penha em Cuiabá 5 anos depois: avanços e perspectivas” com as palestrantes: juíza Amini Haddad de Campos; a defensora Tânia Regina de Matos e a superintendente Estadual de Políticas para as Mulheres de Mato Grosso, Ana Emília Iponema Brasil Sotero.

No encerramento, que será no dia 10 de dezembro das 8h as 12h, haverá mobilização dos coordenadores da campanha na Praça da República.

As escolas professor Benedito de Carvalho (estadual), localizada no bairro Morada da Serra e Juscelino José Reiners (municipal), localizada no bairro Novo Horizonte, também recebem
a campanha pelo fim da violência contra as mulheres.

Para saber mais sobre a programação clique aqui.