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Quinta-feira, 24 de Novembro de 2011, 18h:42

Segredo e "boca"

O desembargador Gerson Ferreira Paes, vice-presidente e Corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), decidiu manter um “segredo de justiça” decretado “verbalmente” por seu antecessor, desembargador Márcio Vidal, numa investigação judicial eleitoral do pleito de 2010. E mandou a assessoria de imprensa do órgão orientar os jornalistas interessados em conhecer o processo a “constituir advogado”, já que estes, por prerrogativa profissional (Estatuto da Advocacia), podem “ter vistas dos autos que não estejam sujeitos a sigilo”. Quando nada, o presidente do TRE, desembargador Rui Ramos Ribeiro – um democrata reconhecido –, deveria chamar o colega de Toga para uma conversa sobre transparência e democracia, já que raramente se vê segredo de justiça em feitos eleitorais - e quando há, normalmente são bem fundamentados. Nesse caso, porém, chama a atenção o “segredo de boca”, já que não haveria nenhuma formalização da medida. Mas, como sabê-lo, se a imprensa não pode vê-lo?!