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Domingo, 20 de Novembro de 2011, 11h:04

Câmara se ‘blinda’ juridicamente para julgar três vereadores em Sorriso

Parlamentares foram flagrados por escuta telefônica quando pediam “benefícios” propina para o prefeito Chicão Bedin em troca de favores na Câmara de Vereadores

NOELMA OLIVEIRA

Internet

Prefeito Chicão Bedin, de Sorriso, foi procurado para facilitar vida de vereadores em troca de favores na Câmara
A sessão da Câmara de Sorriso (distante 420 quilômetros de Cuiabá) que pode cassar três vereadores, na sexta-feira (25), promete se transformar no centro das atenções políticas de Mato Grosso. Eles foram acusados de extorsão no episódio conhecido como “Escândalo da Propina”. O presidente do Legislativo, Luis Fábio Marchioro (PDT), confirmou a data da sessão extraordinária que vai julgar o relatório final da Comissão de Ética.

Os três parlamentares são acusados de cobrar benefícios do prefeito Chicão Bedin. Foram presos pelo Gaeco em junho deste ano e soltos cinco dias depois.

A data só foi marcada após ser divulgado o edital de convocação para a sessão, que começará às 7h e deve durar todo o dia. O presidente do legislativo pediu reforço da Polícia Militar para garantir a segurança dos presentes à sessão aberta ao público. Os acusados poderão ser acompanhados dos seus advogados. A votação será secreta, conforme o pedetista.

Todas as precauções estão sendo adotadas para que os acusados não tenham brecha na Justiça para garantir a suspensão da sessão como vem acontecendo há cerca de um mês, após várias interpelações judiciais feitas pelos supostos envolvidos. Eles estão afastados dos cargos, porém continuam recebendo os salários. O parecer do relatório da Comissão de Ética está sendo mantido em sigilo para não prejudicar a votação.

Os vereadores Roseane Marques de Amorim (PR), Gerson Luiz Frâncio (PSB), o Jaburu, e Chagas Abrantes (PR), além da empresária Filomena Nascimento Abrantes, esposa de Chagas Abrantes, foram acusados, após serem flagrados em conversas gravadas, de pedir benefícios ao prefeito Chicão Bedin (PMDB) em troca de apoio na Câmara Municipal. As gravações partiram de um ex-secretário da Prefeitura de Sorriso e encaminhadas ao Ministério Público.

Eles foram presos pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) em 17 de junho e liberados cinco dias depois.