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Terça-feira, 08 de Novembro de 2011, 16h:20

Empresa chama polícia para tirar trabalhadores do canteiro de obras da Votorantim

Greve de trabalhadores está no segundo dia; Gutierrez Engenharia se reuniu na tarde de segunda-feira (7) e não avançou em proposta

DA REDAÇÃO

Divulgação

Trabalhadores se reúnem no canteiro de obras da Votorantim e empresa Gutierrez não avança na proposta salarial

A empresa Gutierrez Engenharia chamou a Polícia Militar na manhã desta terça-feira (8) para retirada dos 460 trabalhadores que estão no segundo dia de greve e aguardam proposta no canteiro de obras da Votorantim, na Estrada da Guia, zona rural de Cuiabá.

Segundo informação do tenente-coronel Alexandre Correia Mendes, a Polícia Militar foi chamada para conter ação dos trabalhadores que estavam impedindo que outros funcionários adentrassem a área da empresa.

A polícia foi chamada para conter os funcionários e garantir a segurança dos trabalhadores que estão em greve. Estamos resguardando a segurança do trabalhador para que não haja atrito entre os próprios trabalhadores”, argumentou.

Mendes ressaltou que após atuação da PM, o clima na empresa está tranquilo. “Os trabalhadores ainda estão parados, mas o clima está pacífico e sem desordem. A entrada da empresa está liberado e não há mais impedimentos para entrar ou sair”, avaliou.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá, Joaquim Dias Santana, desde segunda-feira (7) a empresa está chamando a polícia para repreender os trabalhadores.

Na segunda nós já tínhamos ido embora quando a Rotam chegou. Mas hoje a própria Polícia se surpreendeu porque os trabalhadores estão sentados esperando pacificamente uma proposta da empresa e resolveu não tirar o pessoal”, informou o presidente do sindicato.

Na tarde desta segunda-feira (8), três representantes da Gutierrez Engenharia se reuniram no Sindicato dos Trabalhadores da Construção, localizado na Avenida Issac Póvoas, e disseram que a proposta permaneceria a mesma que eles já apresentaram anteriormente.

Eles dizem que o aumento é de 11,8%, mas retiram os adicionais e horas-prêmio dos trabalhadores”, informou o sindicalista.

A maioria dos empregados que está na obra da construção da Votorantim foi trazida pela empreiteira Gutierrez, conforme alegou Joaquim Dias. “A maioria é de fora, de estados como Maranhão e Pernambuco. Eles estão supercoesos e unidos”, disse Joaquim Dias.

A previsão para o término da obra da Votorantim é julho de 2012.