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Sexta-feira, 28 de Outubro de 2011, 17h:48

Justiça dá 72 horas para Inep se manifestar sobre anulação do Enem

Ação foi ajuizada na última quinta-feira (27) e prazo para Ministério da Educação dar resposta encerra na próxima segunda-feira (31)

FOLHA

Divulgação

O Minitério Público Federal pediu a suspensão do exame nacional em todo país
A Justiça Federal no Ceará deu 72 horas para o Inep (instituto do governo federal responsável pelo Enem) se manifestar sobre pedido do Ministério Público Federal, que quer a suspensão do exame nacional em todo o país ou a anulação de 13 questões.

Em ação ajuizada na quinta-feira (27), a Procuradoria contesta a decisão do Ministério da Educação, que cancelou somente as provas dos 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, que tiveram acesso antecipado a questões do Enem em um simulado.

Para o procurador Oscar Costa Filho, a decisão é arbitrária e não corrige o problema, tratando de forma desigual participantes de um concurso nacional.

O prazo determinado pela Justiça conta de "minuto a minuto" a partir da tarde desta sexta. A resposta, portanto, deve ser enviada até segunda. O Inep declarou, via assessoria de imprensa, que está preparando a defesa e que vai manter a posição do MEC.

PRÉ-TESTE

O problema veio a público após alunos escreverem em redes sociais, no final de semana, que colégio havia conseguido antecipar questões. Inicialmente, o MEC identificou oito questões iguais.

Nesta quinta, concluiu que o simulado continha 14 questões do Enem. Elas haviam sido aplicadas no pré-teste realizado por duas turmas da escola em outubro de 2010 --os colégios que fazem o pré-teste são escolhidos por sorteio.

Segundo o MEC, todos os cadernos da pré-testagem foram devolvidos, mas o conteúdo pode ter sido copiado eletronicamente. "O material [o simulado] é o conteúdo de dois cadernos, na íntegra. Está absolutamente comprovado", disse Haddad.