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Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011, 09h:35

Apesar do fim da greve servidores do judiciário iniciam outra batalha

Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso querem receber as perdas salariais em uma batalha que se arrasta desde 2003

ALIANA CAMARGO

Mayke Toscano/Hipernotícias

Apesar da greve chegar ao fim, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário, Rosenwal Rodrigues, disse que categoria não está totalmente contente

Apesar do fim da greve do Poder Judiciário, servidores da categoria não se dizem contentes com acordo e iniciam outra batalha que é o pagamento das perdas salarias da URV (Unidade Real de Valor).

Depois de três dias em greve, o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues diz que a volta ao trabalho é para evitar um grande desgaste.

O acordo feito nesta quarta-feira (26) entre servidores e Tribunal de Justiça prevê o pagamento imediato por meio de Requisição de Pequeno Valor (RPV) no teto de  R$ 12 mil. Outra modalidade de pagamento é através de precatórios, no qual o servidor requisita o valor total dependendo do tempo de trabalho. Quem não se enquadra no pagamento do RPV vai para os precatórios, que é outro estágio de negociação.

A batalha pelo pagamento, segundo Rosenwal Rodrigues, se arrasta desde 2003. O benefício foi adquirido pelos servidores através da conversão, na época do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso,  de URV para o Plano Real em 1994.

Em entrevista ao Hipernotícias há 10 dias, o presidente do Tribunal de Justiça, Rubens de Oliveira informou que existe um prazo de pelos menos 120 dias para efetuar o pagamento dos RPVs, já que existe entraves burocráticos. Cerca de 1,5 mil servidores, entre ativos, inativos e pensionistas tem o direito de receberem o benefício.


O desembargador reafirma que o Poder não tem dinheiro para pagar toda a dívida referente a URV, que soma R$ 132 milhões, entre servidores, ativos, inativos e pensionistas. O total do montante devido a URV é de R$ 179 milhões, envolvendo servidores que prestaram serviços no Tribunal de Justiça e que tinham direito ao benefício.

O presidente do Sinjusmat disse que assinaram um termo de compromisso para o pagamento desses valores. “Se houver um racha vamos voltar com uma greve mais forte ainda”, destacou Rosenwal.

O presidente do Sindicato destacou a intermediação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil na negociações. “Temos que reconhecer que a OAB foi fundamental para intermediar as negociações. O presidente (Cláudio Stábile) pediu autorização para conversar com ambas as partes e foi onde tudo começou”, enfatizou.