Ao menos sete manifestantes morreram neste sábado (15) no Iêmen baleadas pela polícia, que dissolveu um protesto contra o regime de Ali Abdullah Saleh no centro de Sana, a capital do país, informaram fontes de um hospital.
De acordo com médicos do hospital de campanha da praça Al Taguir (Mudança), epicentro das revoltas antigovernamentais, dezenas de pessoas ficaram feridas e manifestantes foram internados com princípio de asfixia devido ao gás lacrimogêneo usado pela polícia.
De acordo com a agência de notícias Efe, os policiais usaram jatos d'água, atiraram para o ar e lançaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que em contrapartida jogavam pedras e coquetéis molotov contra os agentes.
A polícia evitou que a passeata organizada para protestar contra o governo passasse pela avenida Al Zobeiri em direção a um ponto próximo à casa do general Ahmad Ali Abdullah Saleh, filho do presidente.
Os agentes se mobilizaram junto aos prédios do governo na área. Desde 27 de janeiro, o Iêmen vive uma revolta popular contra o regime de Saleh. O líder retornou de surpresa ao país em 23 de setembro, após passar por um período de recuperação na Arábia Saudita durante mais de três meses devido a graves ferimentos que sofreu em um atentado em Sana.
Em seu retorno, o líder voltou a se comprometer com a transferência pacífica do poder que figura em um plano do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e pediu aos opositores que o alcancem mediante eleições.
Saleh é presidente do Iêmen desde a unificação entre o norte e o sul, em 1990, mas desde 1978 já era o governante do Iêmen do Norte.
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