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Sexta-feira, 14 de Outubro de 2011, 14h:55

Vendas de carros importados cresce 10% após IPI maior

Até o final deste mês a maioria dos carros importados deve sofrer o impacto do imposto maior

DA FOLHA DE SÃO PAULO

Imagem da Internet

A venda de carros de marcas que não têm fábrica no Brasil registrou crescimento de 10,5% em setembro ante agosto, atingindo 22.569 emplacamentos. A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) afirma que houve uma "corrida" às concessionárias após o anúncio do aumento do IPI para importados.

Com isso, o acréscimo no acumulado dos nove primeiros meses do ano chegou a 108,9% ante igual período de 2010, para 151.850 unidades, de acordo com os dados divulgados pela Abeiva. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento ficou em 90,8%.

O governo elevou em 30 pontos percentuais o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado sobre carros importados e dos nacionais que não atenderem requisitos como investimentos em tecnologia e um percentual de 65% de conteúdo nacional. A mudança do tributo foi anunciada no dia 15 de setembro.

"Nossa expectativa para setembro era de ficar entre 16 mil e 18 mil unidades emplacadas, mas, com o anúncio do decreto 7.567, houve uma corrida às concessionárias, já que o estoque na rede de revenda estava garantido com preços sem o repasse de 30 pontos percentuais do IPI", afirmou José Luiz Gandini, presidente da associação.

Segundo ele, até o final deste mês, a maioria dos carros importados deve sofrer o impacto do novo IPI. "Algumas empresas já anunciaram repasses parciais e gradativos de preços finais aos consumidores. Outras associadas ainda permanecem em negociação com os seus fornecedores e também com a rede autorizada de concessionárias, além de enxugar os próprios investimentos da importadora."

A Kia Motors já anunciou que foi "obrigada" a reajustar os preços de dez veículos que vende atualmente no Brasil. O aumento médio foi de 8,41%.

O presidente da associação avalia que os volumes de vendas das importadoras devem cair a partir deste mês, "cujas projeções são de difícil previsibilidade". "As filiadas vão permanecer ativas no mercado brasileiro. Vamos tentar majorar com o menor porcentual possível, já pensando em 2013", disse.