Ednilson Aguiar/Secom-MT
O presidente da Agecopa, Eder Moraes, que se declarou novo secretário extraordinário da Copa de 2014, não é nome certo para a Secopa, como havia até admitido o próprio governo, há uma semana. Os projetos de criação da Secretaria da Copa e outro que pede autorização do Parlamento para empréstimos de R$ 740 milhões devem ir a plenário nesta terça-feira (27). Chefe da Casa Civl, José Lacerda, também disse, em um programa de TV, que nome de Eder não está confirmado para Secopa
Muitas críticas, inclusive de deputados da Assembleia Legislativa, superexposição e um bombardeio de requerimentos tanta do parlamento como do Ministério Público teriam acendido o alerta no Paiaguás e o governador Silval Barbosa (PMDB), nesta segunda sequer admitiu a possibilidade que Eder seja o nome mais cotado para comandar a nova Secretaria, como admitiu o chefe da Casa Civil José Lacerda, ao HiperNotícias, na semana passada, e neste domingo no programa Ponto de Vista (Rede TV!, canal 47).
“Só vou definir quem será o secretário depois que o projeto for aprovado pela Assembleia, ainda não defini nada”, disse Silval, alegando que não vai tolerar mais intrigas internas, pois agora com a Secopa terá como demitir quem estiver travando as ações para a Copa 2014.
Questionado sobre a vaidade e o falta de humildade de Eder Moraes, como criticaram deputados como José Riva(PP), Admir Bruneto(PT) e Romoaldo Junior (PMDB), o governador argumentou que “todo cidadão que ocupar um cargo público tem quer humildade e saber que está trabalhando em prol do povo e para o povo”.
VLT
O projeto de implantação do VLT vai mesmo romper a barreira do R$ 1 bilhão, conforme admitiu no fim desta manhã em Cuiabá, o governador Silval Barbosa.
Esse valor, porém, não está explicitado no projeto do governo que tramita na Assembleia Legislativa e que pede autorização para contratação de empréstimo no valor de R$ 740 milhões junto à Caixa Econômica Federal.
“Eu tenho um projeto já aprovado de trezentos e poucos milhões de reais que eram para o BRT, esse montante não precisa mais de aprovação e estimamos que esse projeto, com base em preços nacionais e internacionais, deve girar em torno de R$ 1 bilhão mais ou menos já que é o processo licitatório que vai dizer e o que está faltando é a diferença do era do BRT para o VLT e é isso que pedimos autorização para Assembleia, para não termo problema de recurso na execução da obra”, disse Silval.
Atento, o Ministério Público já está cobrando dos diretores da Agecopa, que deve ser extinta esta semana, pedindo mais transparência quanto às ações do governo voltadas para a Copa do Mundo, especialmente sobre os processos licitatórios e o quanto aos valores do VLT, já que para o MP até agora já surgiram três valores de R$ 700 milhões, além outras dúvidas quanto aos gastos diretos com a Copa 2014.
“Como querer transparência de obra se ela sequer foi licitada, a única que licitamos até agora foi o Estádio (Arena) e quem quiser pode ir lá ver, já as outras obras vamos ver o projeto que vai dimensionar o preço por meio de licitação e a partir daí fica livre para quem quiser fiscalizar, seja MP, TCE, auditorias enfim”, disse Silval.