Eder, anjo ou demônio?

Arquivo pessoal

“Eu não sou inteligente, mas não gosto de indecência, de tanto ver burros mandando em homens de inteligência, já começo a pensar que a burrice é uma ciência”.

Agora mesmo acabei de ler no site HiperNoticias que foi escolhido o modal de transporte pra Cuiabá-MT e que o geverno federal exige que o projeto seja entregue em 30 dias. O problema é que, segundo a matéria, nem rascunho do projeto existe na AGECOPA.

Fiquei pensando: como pode alguém, em perfeito juízo, tomar uma decisão que envolve bilhões sem estudo técnico ou projeto algum? Poxa! Até pra pintar uma faixa de pedestre é necessário um projeto prévio.

Este projeto deveria ter ficado pronto e sido discutido o preço com todos os mato-grossenses, afinal a conta será dividida entre todos os municípios.

Seria de se esperar que houvesse mais transparência num projeto de tamanha envergadura.

Prá piorar, fico sabendo na mesma matéria que, devido a “urgência”, já se cogita fazer o projeto em 30 dias com dispensa de licitação. Detalhe, fala-se em 22 milhões de reais só no projeto.

É irritante. Não tem como o homem médio não ficar pensando coisas como desinteligência, corrupção e falando o nome da profissão da mãe dos responsáveis.

Pois, enquanto MT passa por dificuldades financeiras, vemos mestres da engenharia financeira tomarem decisões com o dinheiro público, que nem um analfabeto financeiro tomaria.

Tem algo muito errado neste governo e começa pelo comportamento do presidente da AGECOPA no governo.

Lá em Rondonópolis ele nunca causou problema. Ea gerente de uma pequena agência bancária, nunca ouvi falar nada que o desabonasse.

Entretanto, desde que vendeu ao Blairo aquele "elixir da juventude" (venda da dívida/MT) o homem virou o bicho, puxa orelha de deputado federal, dá bronca em deputados, atravessa decisões de governo, faz caras e bocas e peita tudo e todos. A última é que pretende substituir o secretário de segurança.

Se fosse um fenômeno eleitoral, ainda se explicaria. Mas Eder nunca nem candidato foi.

Então, a inquietante pergunta que todos fazem é: em que momento o governo Blairo/Silval se tornou refém deste secretário?

Refém é a única palavra que explica tanta subserviência do governo a ele, a observação é pertinente, pois todos acompanharam como o governo de Blairo foi déspota com todos que circundavam o poder. A tônica era "cortem a cabeça". Menos com Eder, que sempre disse e fez o que bem entendeu.

Esta semana Carlos Brito, um de seus colegas de governo, lhe criticou. Nada que o próprio Eder já não tivesse feito várias vezes com seus pares, inclusive com Pedro Henry, que foi enquadrado por ele.

Mas, notem: esperem pra ver o futuro de Carlos Brito, deve cair esta semana ainda. Não que Brito e sua empáfia não mereçam, mas será reveladora a atitude do Paiaguás.

Penso que é hora de ser colocada uma lupa neste servidor. Só não sei quem vai enquadrá-lo. Mas o certo é que se não o fizerem, uma hora a "cangalha" cai e pode ser agora: Brito é vaidoso e está acuado.

No frigir dos ovos, até agora não sabemos porque projetos da AGECOPA não desempacam, se é corrupção, incompetência, vaidade, ira, inveja ou tudo junto.

Vamos torcer para quê não seja isso tudo, do contrário estaremos perdidos.

Depois desta confusão me lembro daquele mineiro hilário, candidato ao governo na última eleição, ao dizer que a primeira atitude como governador seria se nomear pra presidente da AGECOPA. Acho que Silval deve copiá-lo.

(*) JOSÉ ANTONIO DOS SANTOS MEDEIROS é policial rodoviário federal, suplente do senador Pedro Taques e colaborador de HiperNotícias. E-mail: [email protected]

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