Mayke Toscano/Hipernotícias
Em cerca de 23% das escolas de Cuiabá e Várzea Grande há práticas frequentes de bullying, termo utilizado para descrever atos de violências física ou psicológicas a uma pessoa. No total de 117 escolas estaduais, 27 apresentam índices de violências. Defensoria Pública e Secretaria de Educação (Seduc) firmam parceria para conter violência nas escolas
O gerente de projetos educacionais, Allan Benitiz, disse que o a prática de bullying não é algo novo, mas é uma denominação nova que precisa ser combatida nas escolas.
Allan explicou ainda que o bullying é uma prática de violência. “É tratado dentro desta problemática da violência. O bullying é questão de conflito e violência. Tratamos o bullying como forma de prevenção. Para que os alunos entendam e os professores saibam trabalhar isso dentro de sala de aula”, argumentou.
Benitiz frisou que é preciso haver uma identificação da prática do bulluing nas escolas e apontar quem são os agressores e os agredidos. Além disso, quem vê a agressão também faz parte do processo. “São três entes que participam da prática de bullying, que são: o agressor, quem sofre (vítima) e quem vê também está participando do processo”, pontuou.
Já para a secretaria adjunta de educação, Fátima Rezende, o bullying não é tão expressivo no Estado, mas é preciso dar atenção ao problema.
“Questão aflorada neste milênio. Antigamente eram brincadeiras, agora toma outra dimensão, porque vivemos em um mundo globalizado. Temos alguns casos como a homofobia. Estamos trabalhado para que índices não sejam crescentes”, ponderou.
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
Além do bullying as escolas têm convivido com a violência, que segundo dados de estudo apresentado por Allan Benitiz, tem sido crescente na Estado.
Allan disse que em Cuiabá a escola com os maiores índices de violência é a Cesário Neto, localizada no centro da Capital, e em Várzea Grande é a Jaime Veríssimo de Campos Jr.
Benitiz elencou motivos por estas escolas serem tão violentas. “A maioria dos casos está nos entornos, brigas de gangues, assédio de tráfico, invasão e roubo. São diversos casos, cada escola tem uma particularidade. Vamos tratar cada caso individualmente”, exemplificou.
Já Fátima Rezende, acredita que alguns conflitos de personalidades são naturais, mas que o Estado vive momento de alerta.
“Os índices tem aumentado, não é um número alarmante, mas são questões que nos incomoda. Mas é hora de unir e não deixar que casos aumentem”, falou.
PROGRAMA DE COMBATE
A Defensoria Pública do Estado e a Secretaria de Educação (Seduc) firmaram parceria para combater a violência dentro das escolas do Estado.
Dentro os assuntos abordados estão a prática do bullying , a violência e o tráfico de drogas no interior das instituições de ensino.
O projeto denominado “Defensoria vai à escola” irá atender primeiramente as escolas de Cuiabá e Várzea Grande. Posteriormente, o programa será levado para os demais municípios que compõem o Estado.
Desde fevereiro, o projeto já percorreu 12 escolas. As palestras são feitas por defensores públicos e assistentes jurídicos, que também distribuem cartilhas informativas e exemplares da Constituição Federal aos estudantes.
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