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Sexta-feira, 02 de Setembro de 2011, 12h:50

Governador admite recorrer a presidente Dilma para colocar tropas federais nas ruas

Governo dá 24 horas de prazo para grevistas voltarem ao trabalho e, se isso não ocorrer, eles devem entregar armas; presença do Exército é porque PMs seriam mandados aos Ciscs para fazerem trabalhos dos grevistas

JORGE ESTEVÃO / ALIANA CAMARGO

Mayke Toscano/Hipernotícias

Governador dá prazo para policiais civis retornarem ao trabalho em 24 horas
O governador Silval Barbosa admitiu recorrer à presidente da República, Dilma Rousseff (PT), para que ela autorize o Exército em colocar tropas nas ruas de Cuiabá e Várzea Grande (as duas maiores cidades do Estado) por causa da greve de policiais civis.

Essa medida é porque policiais militares serão destacados para realizar o trabalho dos investigadores e escrivães nas delegacias, caso eles não retornem ao trabalho em 24 horas. A paralisação já dura 65 dias. Foi instalado um gabinete de gerenciamento de crise para acompanhar o desenrolar do impasse.

Essa disposição do governador é resultado da reunião de emergência realizada na manhã desta sexta-feira (2) no Palácio Paiaguás, onde estiveram representantes do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa, Ministério Público e secretários. O secretário de Segurança, Diógenes Curado, que participou da reuião, confirmou a possibilidade de recorrer à Presidência da República. 

Outras medidas drásticas que podem ser tomadas pelo governo é exigir deposição de armas que estão com policiais civis, ou seja, todos escrivães e investigadores devem entregar revólveres ou pistolas para os delegados.

Também foi determinado que todos os veículos oficiais que estejam em poder dos policiais, sejam recolhidos para os pátios das respectivas delegacias.

PRAZO

O governo do Estado deu prazo de 24 horas para os policiais civis retornem ao trabalho e os sindicatos das categorias retomem as negociações, interrompidas na noite de quinta-feira (19), quando decidiram que a greve seria radicalizada com fechamento de delegacias, o que não estava ocorrendo antes porque 30% dos serviços ainda estavam funcionando.

O governo também avisou que vai haver corte de 100% dos salários, instauração de medidas disciplinares que podem resultar em demissão dos grevistas a bem do serviço público e também retirada de todas propostas feitas até então pelo Executivo.

Também o governo anunciou que, se o impasse continuar, ano que vem só serão feitos reajustes conforme a inflação e reposição salarial determinada em âmbito federal.