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Jaconias (esquerda) e Ladeia são acusados de desviar R$ 2 milhões em recursos federais |
As defesas do prefeito afastado de Tangará da Serra, Júlio Ladeia (PR), do vice José Jaconia (PT) e ainda de outros quatros vereadores, todos acusados de desvio de dinheiro público, escolheram 5.583 páginas para serem lidas no plenário. O conteúdo faz parte da ação do Ministério Público Estadual.
O presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Henrique Barbosa (PTB), determinou que o corpo jurídico da Casa analisem as páginas para fazer triagem das que já foram lidas. Os trabalhos, que foram interrompidos às 22h de sexta-feira (26) e retomados às 7h deste sábado, continuam no fim de semana.
O encerramento de leituras das páginas do MPE está previsto para quinta-feira, 1º de setembro. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, ainda falta ler o relatório da Comissão Processante da Câmara.
Em toda a documentação há relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público (MPE) e até Polícia Federal que apontaram falhas que comprometem a gestão de Ladeia e a atuação dos vereadores Haroldo Lima, Paulinho Porfírio, Celso Ferreira e Genilson Kezomae.
Conforme o parlamentar petebista a imagem da Câmara está sendo protegida com a forma como está sendo conduzido mais esse escândalo político em Tangará.
“A Câmara está usando suas prerrogativas de fiscalizar e também responsabilizaremos após a conclusão dos trabalhos e estamos atentos para não permitirmos que se faça circo aqui e nem que usem politicamente essa situação e isso estamos fazendo sem cercear a defesa dos acusados”, garantiu Luiz Henrique Barbosa.
DESVIO DE DINHEIRO
O prefeito Júlio César Ladeia, o vice José Jaconias, e os vereadores Haroldo Lima, Paulinho Porfírio, Celso Ferreira e Genilson Kezomae, todos afastados dos cargos, são acusados de desviarem dinheiro público em contratos firmados com a Oscip Idheas. O esquema foi descoberto pela Polícia Federal, durante a operação Higeya, realizada em abril de 2010.
A Polícia Federal prendeu 26 pessoas em Tangará da Serra, Cuiabá e outros municípios como Cuiabá; Cáceres; Pontes e Lacerda; Sinop; Canarana e Santo Antônio do Leverger, além de Rondônia, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal.
A acusação é de superfaturamento em contratos com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Em Tangará, o prejuízo ao cofre público, na época, foi estimado em R$ 2 milhões.
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