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Terça-feira, 23 de Agosto de 2011, 14h:56

Emanuel não aceita comando da Sema e PR, agora, busca nome de fora do partido

Com a saída de Alexander Maia, ficou difícil escolher substituto para assumir órgão ambiental; presidente da sigla (foto) admite nomes em outros partidos

PAULO COELHO

 

Lenine Martins/Secom/MT

 

O novo secretário de Meio Ambiente do Estado não precisará necessariamente ser filiado ao PR, “basta que defenda as diretrizes do partido”, conforme adiantou o presidente da sigla, deputado federal Wellington Fagundes, em entrevista ao Hipernoticias.

A primeira opção era o diretor-geral do PR e deputado Emanuel Pinheiro que, de acordo cm Fagundes, foi incisivo ao recusar o convite. Parlamentares estaduais republicanos, sob a liderança do deputado Mauro Savi, começaram reunião no início da tarde desta terça-feira (23) com objetivo de convencer Emanuel ou definir outro nome para o cargo.

“O Maia, por exemplo, não é filiado ao PR, mas foi uma indicação nossa, o ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) não era filiado ao PR, se filiou depois, portanto podemos apontar um nome desde que esse nome caiba no que quer o partido e principalmente no que exige o governador”, avaliou Wellington, adiantando que já conversou sobre o assunto com o governador Silval Barbosa (PMDB) que definiu essa quarta-feira (24) como data limite para anunciar o novo secretário.

Alexander Maia tomou a decisão de deixar o governo no último fim de semana e comunicou ao governador no domingo, durante culto numa igreja frequentada por ambos. Porém deixou de avisar a cúpula do PR, o causou constrangimento entre os republicanos.

“O Maia não tem cultura partidária, ele é militar, é mais técnico e se fosse político jamais teria feito isso, teria ao menos telefonado para avisar o que não ocorreu, só ficamos sabendo pela imprensa”, lamentou Fagundes, lembrando que quando o coronel, indicado pelo então governador Blairo Maggi para comandar a Sema “o PR foi solidário e agora ele usa a imprensa para comunicar sua saída da Secretaria”.

Na verdade, com o consentimento de Silval, que está em Brasília e só volta ao Estado nesta quarta, discussões em busca de um novo nome para a Sema começaram na noite de segunda-feira (22). Emanuel Pinheiro foi o primeiro a ser convidado e mesmo não aceitando disse acreditar que o partido encontrará o nome para se manter no comando de uma das mais importantes secretarias do governo.

Fagundes apostou em Emanuel justamente pela habilidade política deste para lidar com a Assembleia Legislativa, uma vez que foram críticas como as do líder do governo no parlamento, Romoaldo Júnior, que fizeram com que Maia pedisse para sair. Romoaldo havia dito que coronel Maia estava “fora de sintonia”.