Carlos Fávaro, vice-governador de Mato Grosso, assumiu publicamente na última sexta-feira (26) que deixará o Partido Progressista (PP) para ingressar no projeto de recriar o Partido Liberal (PL) no Estado. Com aval do presidente regional dos progressistas, deputado federal Ezequiel Fonseca, o vice tem convidado vários deputados e inclusive já formalizou convite ao senador da República José Medeiros (PPS).
Em entrevista à Rádio CBN, nesta segunda-feira (29), Fávaro explicou que o principal objetivo da recriação do PL no Estado é ampliar o grupo político que sustenta o governo Pedro Taques (PDT).
Marcos Lopes/HiperNotícias
Fávaro quer recriar o PL em Mato Grosso para aglutinar mais lideranças políticas para sustentar Pedro Taques
A intenção é aglutinar ainda mais as lideranças – sem partidos - que apoiaram a candidatura vitoriosa do governador e reacomodar políticos que desejam trocar de sigla partidária.
“Dentro do arco de aliança tivemos, em 2014, apoiadores que não estavam filiados a partidos políticos e sentem a necessidade de estarem dentro do grupo político, e esta é a minha missão, buscar os aliados. Além de algumas pessoas que já estão em nosso grupo e querem uma reacomodação partidária. É esse o nosso objetivo”, explicou.
Segundo Carlos Fávaro, as ações e a política do atual governo o credenciam para angariar outros aliados à base governista. “Com a credibilidade de um governo sério, que está transformando Mato Grosso, queremos trazer jovens, empresários e profissionais liberais”, destacou.
Fávaro disse ainda que vários políticos, inclusive deputados estaduais, já manifestaram interesse em compor o projeto político. O vice também já estendeu o convite ao senador José Medeiros. “O Estado vai se fortalecer na base do governador Pedro Taques”, salientou.
Marcos Lopes/HiperNotícias
Fávaro diz saber que vai enfrentar resistência, mas está confiante que conseguirá recriar o PL em Mato Grosso
O PROJETO
O vice-governador está colocado como presidente da sigla em Mato Grosso a convite do ex-deputado do Estado de Goiás, Cleovan Siqueira, que deverá assumir a presidência nacional da legenda.
Apesar de apostar que o partido estará devidamente registrado em agosto deste ano, portanto apto ao pleito eleitoral de 2016, o projeto pode sofrer forte queda de braço em Brasília. Isso porque não existe consenso para a refundação do PL.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), já admite recorrer à Justiça para barrar o registro. A mesma resistência deverá ser enfrentada no Senado Federal, pois o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) insinua que o objetivo do PL é ‘encolher’ o PMDB.
“Mas tivemos parecer favorável do Ministério Público Eleitoral (MPE), dizendo que é possível e viável o PL. Portanto, estamos a um passo da recriação. Esperamos que a partir de agosto já esteja refundando o Partido Liberal no Brasil”, disse Fávaro.
Ainda conforme o vice governador, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu, em março deste ano, o estatuto e programa do Partido Liberal, que almeja usar o número 88. Com a aprovação da Justiça Eleitoral, este será o 33º partido registrado no Brasil.
O PL foi extinto em 2006 com a fusão com o Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona) para viabilizar a fundação do Partido da República (PR).
“Não estamos aumentando o número de partidos, pois é um partido que já existia. Estamos somente voltando o PL para a cena política. Já temos todas as assinaturas necessárias para a criação do partido”, concluiu.
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