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Terça-feira, 16 de Agosto de 2011, 11h:30

Blairo afirma que republicanos vão deixar base aliada do governo da presidente Dilma

PR foi alvo da faxina da presidente da República, que demitiu 19 servidores no Ministério dos Transportes, órgão onde havia mais apadrinhados do partido, que passou a um mero coadjuvante no Palácio do Planalto

DA REDAÇÃO

 

José Cruz/ABr

Senador Blairo Maggi (esquerda) defendeu até no último instante o ex-diretor geral do Dnit, Luiz Antôinio Pagot (direita)

 

O senador por Mato Grosso Blairo Maggi (PR) afirmou que partido deixou base aliada do governo da presidente da República, Dilma Rousseff (PT, e que agora a sigla segue independente na tomada de decisões.

A declaração foi feita durante encontro do Fórum Legislativo das Cidades Sedes da Copa do Mundo de 2014, realizado na manhã de segunda-feira (15), no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa.

Maggi garantiu que atuação do Partido Republicano será independente, mas negou que seja oposição ao governo Dilma. “O PR não faz mais parte do governo, não seremos um partido de oposição", disse Maggi.

A sigla, que foi alvo da faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes, decide agora por deixar a base aliada do governo. A decisão deve ser anunciada nesta terça-feira (16), em discurso do senador Alfredo Nascimento (AM), que hoje comanda o partido.

Nascimento saiu do ministério em meio às denúncias de corrupção. Ele foi pressionado pela presidente e resolveu pedir demissão. 

O senador Blairo Maggi, que é padrinho político do ex-diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, quer agora que todos os integrantes do PR entreguem seus cargos no governo federal.

 "Não tem sentido adotarmos uma posição de independência em relação ao Palácio do Planalto, sair da base aliada e continuar com os cargos. É possível fazer política sem ter vaga no governo", disse.

CASA CAIU

As desavenças entre os líderes do PR e a presidente Dilma Rousseff começaram quando a revista VEJA publicou no dia 2 de julho passado, denúncia sobre cobrança de propinas à empreiteiras feitas por servidores do Ministério dos Transportes e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que era comandado pelo afilhado político de Blairo, Luiz Antônio Pagot.

Pressionado, Pagot se viu obrigado em renunciar o cargo. A partir dai houve uma limpeza ética no Ministério dos Transportes.