Um veterano ativista retomará na terça-feira uma greve de fome em Nova Déli para pressionar o governo indiano a adotar leis mais rígidas contra a corrupção. O fato gera constrangimento para o primeiro-ministro Manmohan Singh e o seu Partido do Congresso, ambos abalados por escândalos.
De camisa e boné brancos e óculos ao estilo de Mahatma Gandhi, o setuagenário Anna Hazare se tornou um inesperado problema para o governo desde que iniciou seus jejuns, em abril.
Nesta segunda-feira, a polícia proibiu que ele se instalasse perto de um estádio de críquete, acusando-o de desrespeitar certas condições --inclusive a de encerrar a greve de fome em três dias.
Amparando-se na maré de descontentamento popular contra os escândalos no governo, Hazare pressiona o Parlamento a criar um cargo de ombudsman, com a responsabilidade de fiscalizar a atuação de políticos, burocratas e juízes.
O ativista cancelou o jejum anterior depois de o governo prometer apresentar esse projeto, o que ocorreu no início de agosto. Ativistas, porém, disseram que a proposta foi muito atenuada, o que levou Hazare a reiniciar a greve de fome.
Mahesh Kumar A./Associated Press |
Crianças indianos participam de manifestação de apoio ao ativista Anna Hazare contra corrupção |
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