Divulgação |
Obras do PAC em Cuiabá estão paradas desde agosto de 2009, quando Polícia Federal deflagrou operação |
O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), não aceitará dar continuidade às obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) sem os recursos federais, que estão na ordem de R$ 350 milhões. A verba é destinada ao saneamento (água e esgoto) da Capital.
“Ainda não recebemos nenhum comunicado oficial (sobre retenção das verbas), só o que está em processo. Fico numa situação muito complicada porque não podemos perder um investimento muito grande como este. Porque o Estado e o Município não podem arcar com estes investimentos”, afirmou Silval Barbosa.
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, esteve em Brasília nesta quinta-feira (4) para tentar reverter a situação da provável perda do PAC-1 e na elaboração do convênio do PAC-2, já que a superintendência da Caixa Econômica em Cuiabá entendeu que a criação da agência reguladora, aprovada pelos vereadores, se tratava de uma privatização da Sanecap.
No dia 19 de julho, o Hipernotícias antecipava com exclusividade o alerta do Gerente de Projetos de Água e Esgoto do Ministério das Cidades, engenheiro Hélio Freitas, sobre a possibilidade de a Prefeitura de Cuiabá perder os recursos com a privatização da Sanecap. Leia aqui.
De acordo, com o governador Silval Barbosa, que falou em coletiva nesta quinta-feira (4), o prefeito da Capital ainda não enviou nenhum comunicado oficial da perda dos recursos, mas a situação caminha para isso.
Através do secretário de Comunicação da prefeitura, Mauro Cid, o prefeito Chico Galindo, informou que conversou com o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, e com o ministro das Cidades, Mario Negromonte, para tentar convencê-los que não existe privatização. Segundo a assessoria, o prefeito saiu da reunião convicto que não haverá perda dos recursos do PAC.
PACENAS
As obras estavam sob responsabilidade da Prefeitura de Cuiabá, mas desde quando a operação Pacenas (Sanecap, ao contrário) foi realizada pela Polícia Federal para descobrir fraudes, em agosto de 2009, a continuação dos serviços foram interrompidas e nunca mais retomados.
Onze pessoas foram presas, a Justiça Federal mandou paralisar as obras e depois todos foram soltos. Mas não havia como recomeçar os serviços porque os preços já eram outros.
Por conta desses empecilhos, as obras não foram adiante e o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, pediu ao governo que incorporasse os serviços.