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Terça-feira, 02 de Agosto de 2011, 17h:12

Pedro Henry chama de antiético quem defende bandeira do PSD mas filiado ao PP

Presidente regional do Partido Progressista critica até deputado José Riva, um dos mais entusiasmados em instalar no Estado a sigla levantada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab

PAULO COELHO

Josi Pettengill/Secom-MT
Pedro Henry (centro) participou da inauguração de hospital e criticou postura de filiados

O secretário de Saúde de Cuiabá, Pedro Henry, presidente regional do PP, reafirmou nesta terça-feira (2), durante inauguração do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, achar antiética a postura dos filiados do PP , inclusive a do deputado José Riva, de estarem defendendo uma outra bandeira partidária sem antes se desfiliarem da legenda progressista.

“Acho que estão precipitando as coisas, porque deveriam primeiro esperar o registro do partido pra depois fazer esse tipo de coisa, por isso critiquei como antiética essa atitude”, sustentou Henry.

Nessa segunda, Pedro Henry assinou notificação alertando aos pepistas que, em caso de estarem  defendendo outra sigla, podem estar incorrendo em infidelidade partidária e com, isso podem ser expulsos da agremiação.

“Isso não me intimida, acho que é mais uma forma que ele está usando para tentar evitar a perda de lideranças e lei que nos auxilia a mudar de partido é maior do que qualquer notificação partidária”, sinalizou Riva.

Henry por sua vez se mostrou irredutível quanto ao fato de que, para se expor em público tem de haver a saída do PP.

Quanto a José Riva, maior liderança pepista, sendo inclusive eleito duas vezes pela sigla, com maior votação de Mato Grosso  a deputado estadual,Pedro Henry não quis polemizar, entretanto o secretário-geral do PP, Ezequiel Fonseca garantiu que o estatuto interno da sigla vale para todos

Já para o vice-governador Chico Daltro que também está deixando o PP, já que também articula, junto com Riva, a fundação do PSD no Estado, a nova sigla está nascendo de forma democrática e com uma relação com todos os partidos políticos.

“Há dois pontos muito definidos na legislação eleitoral brasileira: um é o que estabelece as coligações partidárias para concorrer a eleição e o outro é que a legislação estabelece as condições para quem é filiado num partido poder participar da fundação de um novo partido no país e isso está sendo obedecido, ou seja, não há nenhum passo que estamos dando que esteja ferindo a legislação”, explanou Daltro.

O deputado  Equequiel Fonseca, por sua vez como secretário-geral pepista, não soube dizer se os que descumpriram a orientação” serão realmente punidos tal como pregou a notificação.

“Isso só saberemos na nossa próxima reunião da Comissão Provisória que realizamos uma vez por mês, pois não sabemos  onde se enquadra esse descumprimento e temos que ver o que será definido pela Executiva”, disse Fonseca, informando que o último encontro interno foi n dia 27 de julho passado.

Segundo ele a decisão de publicar a notificação de “alerta”aos progressistas foi sugestão do próprio presidente Pedro Henry.