Mayke Toscano/Hipernotícias |
Profissionais da área de saúde, que trabalha na rede particular, fizeram greve por 12 horas em Cuiabá |
“Só com a paralisação de hoje foram 200 cirurgias adiadas e 30 internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) deixaram de ser realizadas”, disse o presidente do Sindicato dos enfermeiros (Sinpen), Dejamir de Souza Soares, ao avaliar a paralisação de profissionais do setor, de 7h às 19h desta terça-feira (2)
Dejamir acrescentou que a paralisação por 12 horas foi alternativa encontrada para pedir melhorias no setor. “Sabemos que a população é que sai prejudicada com a paralisação, mas foi a maneira que encontramos para reivindicar melhorias”, pontuou.
Dejamir disse ainda que o piso salarial de um técnico e de um enfermeiro são bem menores que a de um motorista de ônibus e de um cobrador.
“O que estamos pedindo é um piso salarial proporcional as nossas atividades. Um cobrador ganha de R$ 800 a R$ 900, e um técnico de enfermagem está ganhando R$ 700. Um motorista de ônibus hoje recebe R$ 1.800, o enfermeiro está recebendo R$ 1.485. Não estamos desmerecendo o trabalho de ninguém, mas é preciso que haja melhorias para o setor”, declarou.
Dejamir enfatizou que a busca da categoria é conseguir um piso salarial de R$ 900 para técnico em enfermagem e de R$ 1.700 para os enfermeiros.
A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso (Sessamt), Kátia Sampaio da Silva, disse acreditar que com manifestação o setor terá melhorias. “Acredito que com essa manifestação conseguiremos alcançar os objetivos da categoria”, frisou.
Kátia disse que cerca de 300 profissionais paralisaram nesta terça-feira (2). São os profissionais de saúde da rede particular de atendimento.
Os hospitais em que a categoria participaram da paralisação são: Hospital Santa Rosa, Amecor, Jardim Cuiabá, Hospital Geral, Santa Casa, São Mateus e Hospital do Câncer
REUNIÃO
Na sexta-feira (5) pela manhã, a categoria e o presidente do Sindicato dos Enfermeiros terão uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A pauta é discutir as melhorias exigidas pelos profissionais.
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