A polícia prendeu, na manhã desta sexta-feira (05), Cesar da Silva, de 33 anos e Vilimar Girolometto, 35. Eles são acusados de terem participação no assassinato de Anderson Ribeiro Taques, morto enquanto negociava uma carreta no bairro Morada do Ouro II, em Cuiabá. O crime aconteceu no dia 13 de setembro.
Marcos Lopes/HiperNotícias |
Delegado Walfrido Franklin do Nascimento |
Segundo Walfrido, vítima foi atraída para a compra de uma carreta que teria problemas judiciais por falta de pagamentos. Nilton e Vilimar teriam simulados a negociação para trazer o "comprador" ao local do crime. O delegado afirmou ainda que os dois presos não sabem o local onde o advogado está foragido.
Wagner seria o "cabeça" de um esquema de tráfico de drogas com ramificações em Mato Grosso do Sul. Walfrido disse ainda durante coletiva, na manhã de hoje, que o advogado tem um mandado de prisão em aberto expedido por aquele Estado, por comércio de drogas.
“Eles compravam carros ‘finan’ em Mato Grosso e levavam para Mato Grosso do Sul para troca-los por drogas. Um desentendimento entre o advogado e a vítima teria motivado o crime”, revelou.
A DHPP chegou até aos suspeitos por meio da análise de imagens de um circuito interno de segurança, instalado em uma empresa próxima ao local do crime.
Após a identificação dos suspeitos, foi montada uma campana próxima a casa dos envolvidos, no bairro Altos da Serra e Morada do Ouro, respectivamente, onde foram efetuadas as prisões nesta manhã. Por meio de uma mandado de busca e apreensão, os policiais apreenderam documentos de dois veículos e cheques na casa do supostos advogado.
Os dois ficarão presos por 30 dias, podendo ser renovada a prisão temporária por mais 30 ou mesmo requisitada a preventiva dos suspeitos, ao final das investigações.
Por ter envolvimento com drogas, o caso será conduzido em conjunto com a Delegacia de Repreensão de Entorpecentes (DRE). A polícia não descarta o envolvimento de mais pessoas no crime.
O CASO
Anderson estava em companhia de mais uma pessoa quando foi alvejado com três tiros. Segundo relatos dessa testemunha, e registrada no Boletim de Ocorrências, dois indivíduos chegaram numa caminhoneta S10, quando um dos suspeitos chamou a vítima pelo nome e em seguida disparou aproximadamente quatro tiros.
De acordo com a polícia, Anderson usava uma identidade falsa quando foi assassinado, como o nome de Anderson Nascimento Gonçalo. Ele também já teria sido preso na operação “Abadom”, que indiciou 10 pessoas, inclusive o ex-delegado da Polícia Civil João Bosco de Barros, três policiais e uma escrivã, em 2013.