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Sábado, 23 de Julho de 2011, 11h:14

Ex-diretor de infraestrutura rodoviária do Dnit disse que demissão foi decisão pessoal

Segundo Hideraldo Caron, o pedido de afastamento não tem relação com as denúncias de irregularidades em relação a sua gestão no Dnit

AGÊNCIA BRASIL

Depois de sete anos como diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Hideraldo Caron pediu demissão nesta quinta-feira, segundo ele, para deixar o governo à vontade para fazer as mudanças que julgar necessárias no setor de transportes. Em entrevista, Caron afirmou que o pedido de afastamento foi uma iniciativa “totalmente pessoal e voluntária”.

“O governo já expressou publicamente a intenção de reformular a área de transportes, e eu resolvi solicitar a exoneração no sentido de colaborar para que esses espaço fique disponível para a reformulação. Se é esse o desejo do governo, eu não vou ser impedimento para isso”, disse Caron, que também concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira para tratar do assunto.

Segundo Caron, o pedido de afastamento não tem relação com as denúncias de irregularidades em relação a sua gestão no Dnit. “Até porque não tem nenhuma denúncia relativa à minha área que tenha comprovação, pelo contrário, todos os relatórios que temos dos últimos anos, inclusive da CGU (Controladoria-Geral da União), mostram avanços na melhoria dos procedimentos e da gestão do Dnit”, explicou.Segundo ele, o órgão teve o melhor desempenho percentual de execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

No encontro que teve na tarde com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, Caron pediu para continuar auxiliando o governo nos próximos dias para que não haja problemas de continuidade nas obras sob responsabilidade do Dnit.

Caron ocupava o cargo de diretor do Dnit desde 2004. Ele é filiado ao PT e foi citado pela revista Veja como um dos envolvidos nas denúncias de corrupção. As denúncias também atingiram o diretor-geral do órgão, Luiz Antonio Pagot, que tirou férias no início da crise.