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Quarta-feira, 13 de Julho de 2011, 11h:40

Pagot utiliza mesmo roteiro apresentado no Senado e nada acrescenta

Diretor em férias do Dnit desconversa sobre o que da fato aconteceu no órgão

PORTAL G1

Agência Brasil
Utilizando o mesmo roteiro de apresentação utilizado no Senado ontem (12), o diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, voltou a dizer nesta quarta (13), durante depoimento às comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Viação e Transportes da Câmara, que o órgão é “extremamente fiscalizado”.

“Apesar de tudo que se fala, de tudo que se publica, o Dnit é um órgão extremamente fiscalizado. Temos a parte de fiscalização dos engenheiros das obras, designado por portarias, das supervisoras contratadas por exigência do TCU (Tribunal de Contas da União), e, para grandes trechos rodoviários, você ainda tem uma gerenciadora. Todos respondem pela execução da obra”, disse Pagot.

Pagot entrou no plenário da comissão por volta de 9h50. Ele cumpriu o mesmo ritual: tirou a mochila das costas e tratou de colocar sobre a mesa uma pilha de papéis com dados do Dnit. Ele exibiu em um telão a mesma sequência de slides com a evolução de obras do órgão

Mais cedo, ao chegar no Congresso por volta de 8h40, Pagot disse que "aguardava instruções" do Palácio do Planalto sobre o seu futuro no comando do órgão. O diretor foi afastado no começo do mês e entrou em férias em seguida. Ele deve ser exonerado do cargo, segundo já informou o Planalto, devido a denúncias de superfaturamento em obras do Ministério dos Transportes.

Questionado sobre suas declarações no Senado nesta terça, quando disse que estava “doido” para voltar a trabalhar na iniciativa privada, Pagot fez mistério: “O futuro a Deus pertence."

Aos deputados, Pagot voltou a reclamar da burocracia existente no governo para liberar obras rodoviárias do Dnit. As inúmeras regras envolvendo licenciamento ambiental foram o foco de maior insatisfação do diretor do Dnit.

No final de suas exposição na Câmara, que durou quase uma hora, Pagot se queixou da falta de funcionários no órgão e disse que o sistema do Dnit está defasado. Em tom exaltado, Pagot disse que o Dnit “passa vergonha” com a falta de informatização.

“Eu estou atrelado ao Serpro, eu estou trabalhando na década de 60, 70, preciso trabalhar com o mesmo sistema da Petrobas, do MEC, por exemplo, que é um sistema de controle muito bom . Preciso informatizar totalmente o Dnit, chego a passar vergonha, o Dnit passa vergonha”, disse Pagot.

O diretor foi afastado da cúpula do ministério após reportagem da revista "Veja" relatar que representantes do PR, partido ao qual pertence o ex-ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento e recebimento de propina por meio de empreiteiras. Nascimento deixou o cargo em razão das denúncias.

Pagot está de férias. O Palácio do Planalto chegou a informar que, quando ele retornar, deve deixar o cargo em definitivo. De acordo com o Planalto, ele havia pedido em novembro do ano passado férias de 30 dias a partir do dia 4 de julho. Ainda segundo a assessoria do Planalto, após este período ele pedirá exoneração ou será exonerado. A saída definitiva de Pagot foi acertada com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Senado
No depoimento aos senadores na terça, Pagot disse no Senado ter consciência de irregularidades em obras comandadas pelo sua gestão, mas afirmou que todas as denúncias seriam investigadas pelos órgãos de controle. “Não sou de tapar o sol com a peneira. Não afirmei que não existem ilícitos. Afirmo que nós trabalhamos para corrigir os ilícitos. Nós não escondemos, o Dnit não esconde os problemas que tem”, afirmou Pagot.

Durante mais de quatro horas de depoimento, Pagot classificou de “factóides” as denúncias de suposto superfaturamento em obras comandadas pelo Dnit e disse que “refutava” as acusações de suposto envolvimento. “Inicialmente, quero refutar todas as acusações que são feitas a minha pessoa”, afirmou Pagot, que chegou ao Senado por volta de 8h20, sem falar com a imprensa.

NOVO MINISTRO

O novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse nesta terça que pretende fazer "ajustes" na pasta, mas que isso depende de uma decisão da presidente Dilma Rousseff. "Fazer ajustes significa tomar todas as atitudes que sejam necessárias e isso envolve naturalmente troca de pessoas e modificações em processos", afirmou.

Ao ser perguntado se o diretor afastado do Dnit, Luiz Antônio Pagot, continuaria no cargo, Passos respondeu que as decisões serão tomadas por Dilma. "Não posso aqui antecipar uma decisão que é da presidenta Dilma. Seguramente vou estar conversando com ela para ouvir sua orientações, mas não tenho dúvida de que faremos mudanças", disse Passos.

Utilizando o mesmo roteiro de apresentação utilizado no Senado ontem (12), o diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, voltou a dizer nesta quarta (13), durante depoimento às comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Viação e Transportes da Câmara, que o órgão é “extremamente fiscalizado”. “Apesar de tudo que se fala, de tudo que se publica, o Dnit é um órgão extremamente fiscalizado. Temos a parte de fiscalização dos engenheiros das obras, designado por portarias, das supervisoras contratadas por exigência do TCU (Tribunal de Contas da União), e, para grandes trechos rodoviários, você ainda tem uma gerenciadora. Todos respondem pela execução da obra”, disse Pagot. Pagot entrou no plenário da comissão por volta de 9h50. Ele cumpriu o mesmo ritual: tirou a mochila das costas e tratou de colocar sobre a mesa uma pilha de papéis com dados do Dnit. Ele exibiu em um telão a mesma sequência de slides com a evolução de obras do órgão Mais cedo, ao chegar no Congresso por volta de 8h40, Pagot disse que "aguardava instruções" do Palácio do Planalto sobre o seu futuro no comando do órgão. O diretor foi afastado no começo do mês e entrou em férias em seguida. Ele deve ser exonerado do cargo, segundo já informou o Planalto, devido a denúncias de superfaturamento em obras do Ministério dos Transportes. Questionado sobre suas declarações no Senado nesta terça, quando disse que estava “doido” para voltar a trabalhar na iniciativa privada, Pagot fez mistério: “O futuro a Deus pertence." Aos deputados, Pagot voltou a reclamar da burocracia existente no governo para liberar obras rodoviárias do Dnit. As inúmeras regras envolvendo licenciamento ambiental foram o foco de maior insatisfação do diretor do Dnit. No final de suas exposição na Câmara, que durou quase uma hora, Pagot se queixou da falta de funcionários no órgão e disse que o sistema do Dnit está defasado. Em tom exaltado, Pagot disse que o Dnit “passa vergonha” com a falta de informatização. “Eu estou atrelado ao Serpro, eu estou trabalhando na década de 60, 70, preciso trabalhar com o mesmo sistema da Petrobas, do MEC, por exemplo, que é um sistema de controle muito bom . Preciso informatizar totalmente o Dnit, chego a passar vergonha, o Dnit passa vergonha”, disse Pagot. O diretor foi afastado da cúpula do ministério após reportagem da revista "Veja" relatar que representantes do PR, partido ao qual pertence o ex-ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento e recebimento de propina por meio de empreiteiras. Nascimento deixou o cargo em razão das denúncias. Pagot está de férias. O Palácio do Planalto chegou a informar que, quando ele retornar, deve deixar o cargo em definitivo. De acordo com o Planalto, ele havia pedido em novembro do ano passado férias de 30 dias a partir do dia 4 de julho. Ainda segundo a assessoria do Planalto, após este período ele pedirá exoneração ou será exonerado. A saída definitiva de Pagot foi acertada com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Senado No depoimento aos senadores na terça, Pagot disse no Senado ter consciência de irregularidades em obras comandadas pelo sua gestão, mas afirmou que todas as denúncias seriam investigadas pelos órgãos de controle. “Não sou de tapar o sol com a peneira. Não afirmei que não existem ilícitos. Afirmo que nós trabalhamos para corrigir os ilícitos. Nós não escondemos, o Dnit não esconde os problemas que tem”, afirmou Pagot. Durante mais de quatro horas de depoimento, Pagot classificou de “factóides” as denúncias de suposto superfaturamento em obras comandadas pelo Dnit e disse que “refutava” as acusações de suposto envolvimento. “Inicialmente, quero refutar todas as acusações que são feitas a minha pessoa”, afirmou Pagot, que chegou ao Senado por volta de 8h20, sem falar com a imprensa. O novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse nesta terça que pretende fazer "ajustes" na pasta, mas que isso depende de uma decisão da presidente Dilma Rousseff. "Fazer ajustes significa tomar todas as atitudes que sejam necessárias e isso envolve naturalmente troca de pessoas e modificações em processos", afirmou. Ao ser perguntado se o diretor afastado do Dnit, Luiz Antônio Pagot, continuaria no cargo, Passos respondeu que as decisões serão tomadas por Dilma. "Não posso aqui antecipar uma decisão que é da presidenta Dilma. Seguramente vou estar conversando com ela para ouvir sua orientações, mas não tenho dúvida de que faremos mudanças", disse Passos.