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Sexta-feira, 08 de Julho de 2011, 17h:33

Parlamentares se esquivam mas ainda dizem acreditar na inocência de Luiz Pagot

Ex-diretor do Dnit vai ao Senado na terça-feira (12) prestar declarações sobre denúncias da VEJA

HÉRICA TEIXEIRA

MTAqui
Luiz Antônio Pagot é aguardado com expectativa no depoimento ao Senado na próxima terça-feira
Parlamentares mato-grossenses acreditam na inocência de Luiz Antônio Pagot, no caso de suposta cobrança de propinas para empreiteiras por parte de funcionários do Ministério dos Transportes e  Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O senador Blairo Maggi (PR), o presidente do Partido Republicano e deputado federal Wellignton Fagundes e o deputado estadual, Emanuel Pinheiro falaram da ida de Pagot no Senado federal, na próxima terça-feira (12).

O senador Blairo Maggi, por meio de assessoria, disse que leu conteúdo da matéria que apontou ligação do Partido dos Trabalhadores (PT) no esquema de desvio, mas que não iria se posicionar sobre o assunto. “Cabe apenas o Pagot falar sobre isso”, sintetizou.

Questionado sobre a ida de Pagot ao senado, o argumento foi de que ele vai explicar o motivo da denúncias. “Esperamos que ele explicite denúncias que foram feitas e volte para o Dnit”, disse Maggi, por meio de assessoria.

Para o presidente do PR, Wellignton Fagundes, Pagot vai conseguir se explicar no senado. “Acredito na competência e no trabalho dele. O senador Blairo Maggi já o defendeu e apontou importantes trabalhos realizados à frente do Dnit”, ressaltou.

Já o deputado Emanuel Pinheiro, saiu na defesa do Pagot. “Espero e tenho certeza que denúncia vai ser esclarecida. E ele (Pagot) vai conseguir provar sua inocência. Atuação será transparente”, pontuou.

Emanuel disse ainda que não estava sabendo da publicação da matéria em que Luiz Antônio Pagot tratou PT como aliado no escândalo. “Estava viajando ao interior e não li a reportagem”, declarou.

Outros senadores por Mato Grosso, Jayme Campos (DEM) e Pedro Taques (PDT), foram procurados mas não atenderam as ligações.

CLIMA TENSO

Conforme reportagem da Folha, depois de perder o comando do Ministério dos Transportes sob acusações de corrupção, o PR manda ao governo seu recado: não quer pagar sozinho pelas denúncias que abalaram a pasta e faz ameaças a petistas que estão na estrutura do órgão.

Afastado após ser envolvido nas acusações que derrubaram o ex-ministro Alfredo Nascimento, o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, deu prévia de como será seu primeiro depoimento sobre o caso, terça-feira, no Congresso.

"O Dnit é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot", disse, em referência ao petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, e listando, em seguida, todo o colegiado do órgão.

Caron, filiado ao PT do Rio Grande do Sul desde 1985, é apontado por políticos como uma espécie de "espião" de Dilma Rousseff no Dnit. Segundo Pagot, ele era responsável por 90% das obras, já que cuidava da diretoria de Infraestrutura do órgão.