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Segunda-feira, 04 de Julho de 2011, 12h:07

Jaime Campos defende CPI do Dnit e pede apoio de outros parlamentares

Senador democrata entra na "onda" do colega de Parlamento, o paraense Mário Couto, que é arqui-inimigo de Luiz Pagot

PAULO COELHO

 

Arquivo
Senador paraense Mário Couto (PSDB) é o crítico mais ferrenho de Luiz Antônio Pagot

O escândalo no Ministério dos Transportes que provocou a queda do Diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Pagot, e de outros dois assessores do ministério, já reforça o pedido de CPI do Dnit, liderado pelo senador Mário Couto (PSDB-PA) e que acaba de ter de ter a adesão do mato-grossense Jaime Campos (DEM).

 

“É mais do que pertinente a abertura de uma CPI agora, pois é muito grave a denúncia e que envolve muito dinheiro, fala-se em R$ 5 bilhões e não podemos ignorar a gravidade que isso representa”, apontou o senador.

Ele citou as críticas feitas pelo tucano Mário Couto que chegou a dizer direto da tribuna do senado que “o diretor do Dnit, senhor Luiz Pagot é um ladrão por não aplicar os recursos do órgão de forma adequada”.

Jaime apontou, porém, dificuldade em se conseguir o número mínimo de 27 assinaturas na parlamento para a instalação da CPI.

“DEM e PSDB são muito limitados no Senado, não têm número suficiente, mas penso que o caso é muito sério e teria de haver a adesão de maioria dos senadores para o bem da imagem e da transparência das ações do órgão público”, disse.

Entretanto o senador mato-grossense admitiu que a decisão da presidente Dilma Roussef pela afastamento dos envolvidos na denúncia da reportagem de seis páginas da revista VEJA já desta semana, foi acertada e que “estou torcendo para que haja o escarecimento de tudo isso o mais breve possível”.

NÃO CAI

De acordo com informação do jornalista Márcio Falcão, da Folha de S. Paulo, a presidente Dilma decidiu manter o ministro Alfredo Nascimento no comando dos Transportes. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, teria confirmado que a presidente já conversou com Nascimento e pediu que ele conduza as investigações do suposto esquema envolvendo servidores do Ministério de órgãos ligados à pasta em superfaturamento de obras e recebimento de propina de empreiteiras e consultorias.