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Quarta-feira, 29 de Junho de 2011, 15h:14

Silval Barbosa mantém corte de ponto e se recusa em reunir pessoalmente com Sintep

Governador de Mato Grosso determina que secretários não avancem discussões com professeres em greve

PAULO COELHO

Mayke Toscano/Hipernotícias
Governador Silval Barbosa reage e diz que não vai negociar com grevistas e dá essa mesma ordem aos secretários

O governo continua irredutível quanto ao corte do ponto dos servidores grevistas da Educação. “Eu já autorizei que aqueles que estão insistindo irregularmente com determinação judicial, eu vou cumprir o que determina a Justiça”, alertou governador Silval Barbosa (PMDB), nesta sexta-feira (29).

O chefe do Executivo foi além e adiantou que não aceita se reunir pessoalmente com representantes do Sintep, conforme sugeriu o deputado José Riva (PP).

“Já determinei a todos os secretários que não avancem na discussão com as categorias que estão em greve, com quem entrar em greve não tem discussão”, disse.

Silval ainda alegou que o Sintep comete um equívoco quanto à gestão do atual governo, que tem apenas seis meses de administração.

Para o governador a categoria luta há cerca de dez anos para ter o Imposto de Renda contabilizado na receita dos servidores. “Desde janeiro eu devolvo 100% do imposto, eles tinham uma luta para que houvesse chamamento de efetivo, já chamei três mil concursados e até agosto eu completo cinco mil”, justificou Silval.

O governador diz que o Executivo de Mato Grosso é “o único do país a conceder 10% de reajuste aos servidores da Educação.

Ele lembrou ainda que atualmente há apenas 90 professores ganhando abaixo do piso salarial nacional de R$ 1.312, além dos demais servidores da educação (que não são professores) e os contratados.

“Propus fazer com que o salário desses que estão abaixo do piso e o de todos chegue a R$ 1.312, mas eles não aceitam e querem fixar os R$ 1.312 para impactar em toda a tabela dos servidores”, emendou o peemedebista, enfatizando que o impacto considerando apenas os professores é de cerca de FR$ 3 milhões e, se for abranger todas as categorias da Educação, esse impacto sobre para mais de R$ 20 milhões.

“Eu não tenho como pagar isso, não vou inviabilizar as contas do governo”, completou.