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Terça-feira, 28 de Junho de 2011, 17h:48

Deputados pedem emendas de R$ 2 milhões, mas governo do Estado só libera R$ 1 milhão

Governador Silval Barbosa bate o martelo em reunião com deputados no Palácio Paiaguás, nesta terça-feira

PAULO COELHO

Mayke Toscano/Hipernotícias

Romoaldo Júnior disse ter defendido a proposta de R$ 2 milhões na reunião de hoje, mas não teve força ara derrubar o argumento de Silval

O governo de Mato Grosso fechou em R$ 1 milhão o valor das emendas parlamentares individuais dos 24 deputados para este primeiro semestre de 2011. O martelo foi batido nesta terça-feira (28) durante reunião entre o governador Silval Barbosa (PMDB) e os deputados no Palácio Paiaguás.

A definição, entretanto, contraria proposta da maioria dos parlamentares que pediam emenda de, no mínimo, R$ 2 milhões.

“Agora para um deputado como eu que teve votos em dez municípios, como atender a todo mundo com apenas um milhão”, argumentou Wagner Ramos (PR), antes da reunião desta terça, já que essa proposta do Paiaguás já era conhecida.

O líder do governo, o peemedebista Romoaldo Júnior disse ter defendido a proposta de R$ 2 milhões na reunião de hoje, mas não teve força para derrubar o argumento de Silval.

“Solicitei R$ 2 milhões, o governador fechou em R$ 1 milhão com a possibilidade de mais R$ 1 milhão caso haja a renegociação da dívida do Estado”, apontou.

O parlamentar justificou que no passado o valor era de R$ 2 milhões “mas muitos deputados reclamam que não receberam” e que a partir de agora todo deputado já pode fazer sua indicação na Casa Civil sobre os setores onde cada um quer investir o valor da emenda.

Romoaldo ainda afirmou que a intenção de Silval é liberar um aditivo “com a renegociação da dívida” para o setor do Esporte e para a Cultura, para investimento em quadras esportivas, academias da terceira idade entre outros.

Em termos das emendas empenhadas, o interlocutor do governo na Assembléia informou que todas serão honradas “mas aquilo que não está empenhado e não está contratado, não tem como honrar”.

O peemedebista admitiu que há restos a pagar por parte do governo quanto ao ano passado, mas disse não ser muita coisa.

“Do ano passado tem uns requícios de emendas, mas não é muita coisa e são questões pontuais, principalmente na Sinfra”, explicou.

É com as emendas parlamentares que os deputados tentam atender as chamadas pequenas cobranças de suas respectivas bases eleitorais, como construção e reforma de creches; salas de aulas; quadras esportivas; auxílio direto a pequenos agricultores e produtores rurais, entre outros.

CARGOS

Ninguém tocou no assunto. Quem esperava ter a solução para antigo dilema alegado pelos deputados, se frustrou. Quase todos os parlamentares da base aliada querem que o governo cumpra acordo firmado na campanha eleitoral de 2010, onde se comprometeu a ajudar com nomeação, pessoas ligadas aos dois deputados mais votados de cada região.

Cálculos extra-oficiais apontam que pelo menos 500 cargos devem ser disponibilizados pelo governo para atender ao acordo com os que ajudaram na eleição de Silval.

“Não chegamos a falar sobre cargos, tínhamos outros assuntos mais importantes para tratar”, disse o líder.

Já o deputado José Riva lembrou que, mesmo tendo sido um dos mais votados nas eleições de 2010 não está requerendo cargos, “mas que assino a maioria trazida pelos deputados, “só que acho que essa é uma discussão que não leva a nada pois o que importa é ter gente competente”.

Após a reunião, às 12h30 o governador seguiu às pressas para Brasília onde já estava marcada mais uma reunião para a tarde de hoje com técnicos da Secretaria Nacional do Tesouro Nacional , justamente para tratar da renegociação da dívida do Estado.