Em contrapartida, Sóstenes entende que houve "no mínimo imprudência" por parte de Ribeiro e dos pastores envolvidos no chamado gabinete paralelo do MEC, escândalo revelado pelo Estadão. "Não vou jogar os indícios para debaixo do tapete", disse o deputado na entrevista. O ex-ministro já está em liberdade após um pedido de habeas corpus. Ele é investigado por possível tráfico de influência e corrupção passiva à frente da pasta.
O líder da bancada evangélica reconhece que o episódio da prisão cria desgaste para Bolsonaro em ano eleitoral, mas destaca que o foco da disputa pelo Palácio do Planalto ainda é a economia. Para o deputado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, precisa "sair um pouco da cartilha liberal" para enfrentar a crise econômica atravessada pelo País. "Não dá para ser liberal 100% neste momento, mas também não defendo irresponsabilidade fiscal. Precisamos buscar um ponto de equilíbrio", declarou na entrevista.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Sóstenes Cavalcante assinou o requerimento para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, mas avalia que o colegiado não resolverá o problema do preço dos combustíveis. "Entendo que, dialogando com o novo presidente da Petrobras e o Conselho administrativo, podemos buscar um meio termo para esses aumentos que ninguém mais suporta no Brasil", afirmou.
(Com Agência Estado)
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