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Em Nova York, o preço de uma cantada, gracinha ou toque inapropriado em uma camareira de hotel cinco estrelas, geralmente termina com polícia, cadeia, fiança, e perda do cargo do agressor.
Segundo pesquisas, os casos de estupro são raros. O mais comum é o assédio.
As camareiras desses hotéis de luxo, para se protegerem desses aborrecimentos, usarão daqui prá frente, dispositivos eletrônicos chamados de “botões de pânico,” que podem ser acionados imediatamente.
Se a moda pegar nos hotéis, seria bom fazer uma experiência com esses botões em órgãos públicos e privados daqui, como teste de eficiência.
Logo, logo, a bancada evangélica apresentará no Congresso Nacional um anteprojeto autorizando o Executivo a criar o Ministério dos Botões de Pânico.
Acho difícil a sua aprovação, embora fosse uma oportunidade rara da participação do Brasil em um programa de moralização internacional.
Os hotéis das cidades-sede da Copa 2014 seriam ideais para esse tipo de experiência.
Seria mais uma conquista da ex-Cidade Verde, das antigas calçadas - salas de visitas.
Único problema que me preocupa: o instrumento é eletrônico, e a nossa capital passa por dificuldades quando utilizamos os nossos equipamentos eletrônicos.
O sinal da Internet, por exemplo, é considerado prêmio de loteria. Fica tanto tempo ausente, que muita gente está fazendo gambiarras para, com dificuldade, tentar conseguir o sinal salvador.
O celular então, nem se fala, porque não fala mesmo.
Aqui, quando os botões produzirem o alarme, provavelmente o infrator já estará em Paris despachando nos escritórios do FMI.
Agora, cá pra nós - tá um absurdo o preço de uma cantada em Nova York. O ex-Diretor do FMI pagou, só de fiança, um milhão de dólares, e ainda perdeu o emprego.
(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médico, professor universitário e colaborador e Hipernoticias. E-mail: [email protected]
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