A inadimplência do consumidor registrou crescimento de 8,2% em maio, na comparação com o mês anterior, segundo pesquisa da Serasa Experian. Esse é o terceiro mês consecutivo de alta – em março, a taxa subiu 3,5% e, em abril, 1,5% – e a maior variação desde março de 2010.
As dívidas com os bancos foram as maiores responsáveis pela alta. De acordo com os economistas da Serasa Experian, "a elevação dos juros e as medidas de restrição ao crédito para controle da inflação intensificaram a evolução da inadimplência do consumidor". As dívidas bancárias contribuíram com 55% de toda a variação mensal (4,5 pontos percentuais).
Os economistas apontaram ainda que os gastos com presentes no Dia das Mães agravaram a situação dos consumidores, que fizeram "dívidas acima de sua capacidade de pagamento", e que "o brasileiro continua se endividando, principalmente na aquisição de bens duráveis, que têm maior valor agregado, longos prazos de parcelamento e formas mais caras de crédito (rotativo do cartão de crédito e o cheque especial)".
Na comparação com maio de 2010, a inadimplência registrou alta de 21,7%. No acumulado de janeiro a maio, o índice apresentou alta de 20,6%, contra igual intervalo de 2010 (em abril o percentual foi 20,3%).
"Com diferentes participações, todas as modalidades da inadimplência puxaram a alta do indicador", indicou a Serasa.
Além das dívidas com bancos, as não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) registraram alta de 5,1% em maio (contribuição de 2,0 pontos percentuais na variação total).
Os cheques sem fundos (alta de 11,5%) e os títulos protestados (alta de 20,7%) colaboraram, respectivamente, com 1,3 p.p. e 0,3 p.p na variação do indicador agregado.
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