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Segunda-feira, 06 de Junho de 2011, 14h:10

Novo comandante do Corpo de Bombeiros quer diálogo

Sérgio Simões tenta negociar com grevistas e pede para encontr ser no quartel

PORTAL G1

O novo comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Sérgio Simões, que assumiu o cargo no sábado (4), quando 439 bombeiros foram presos, afirmou nesta segunda-feira (6) que está à disposição dos grevistas para dialogar.

“Existe um canal de comunicação aberto, eu já mandei recado para as lideranças do movimento que eu quero recebê-los. Não nas escadarias da Alerj, eu quero recebê-los no quartel do comando geral”, disse Simões, ressaltando que o recado foi enviado no domingo (5) e ainda não teve respostas dos manifestantes.

“Eu quero ouvi-los e quero ser ouvidos por eles (...). As portas do meu gabinete estão abertas. Recebo a hora que eles quiserem, estou à disposição”, afirmou.

Sobre o aumento do salário, Simões afirmou que o governo do Estado tem um programa de recuperação salarial que está em andamento.

Segundo ele, em maio houve uma reunião das lideranças dos grevistas e a Secretaria estadual do Planejamento, onde foi pedido que os bombeiros apresentassem as propostas. O comandante afirmou que ainda não houve um retorno deles.

Perguntado se é possível ele intervir na libertação dos 439 bombeiros presos durante a invasão do Quartel Central, o comandante disse que isso não é de sua esfera de competência.

“Esses militares foram autuados em flagrantes por crimes tipificados no Código Penal Militar. Essa documentação já foi remetida para a auditoria de Justiça Militar e já está sendo analisada pela juíza auditora”, explicou.

Ele disse ainda que a vontade do Estado é diminuir o clima de tensão. Simões alegou que o fato de o governador ter chamado os grevistas de “vândalos e irresponsáveis” foi motivado pelo momento crítico que a corporação vive, após o quartel ter sido “invadido e depredado”.

SALÁRIOS

Os bombeiros pedem um piso salarial de R$2 mil - atualmente é de R$ 950 – e também vale transporte e melhores condições de trabalho. De acordo com Simões, há dois tipos de salários: um de R$ 1.187, para o soldado que é solteiro; e o de R$ 1.414 para o que é casado e recebe o chamado salário-família.

“Nesse primeiro momento eu quero que a tropa confie em mim. Eu sou comandante da corporação, eu vou tratar dos interesses da corporação (...) vou me organizar e vou procurar o governador para levar a ele quais são as necessidades, quais são as necessidades da corporação”, disse o comandante.

Simões garantiu que apesar da crise o Corpo de Bombeiros não deixará de atender a população, “em nenhuma hipótese”.