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Terça-feira, 31 de Maio de 2011, 15h:29

Dossiê contra Jader Barbalho respinga em Mato Grosso

Em caderno de 12 páginas, jornal do Pará destrincha escandalos do ex-governador, inclusive desvio de recurso da Sudam aqui

DA REDAÇÃO

O jornal O Liberal, de Belém, no Pará, traz em sua edição de segunda-feira (30) um caderno de 12 páginas intitulado “As Bodas da Impunidade” em que relata escândalos supostamente cometidos pelo ex-governador daquele Estado, Jader Barbalho, que recentemente se elegeu senador, mas foi derrubado em razão dos processos que tramitam contra ele em muitas esferas da Justiça. Leia aqui detalhes do esquema.

No caderno, O Liberal dedica uma página sobre um dos escândalos financeiros protagonizados pela família Barbalho em Mato Grosso, por meio de sociedade com o empresário José Osmar Borges, que se suicidou tomando veneno, em dezembro de 2007. O corpo foi achado dentro da mansão em Chapada dos Guimarães.

Com Osmar Borges, Jader Barbalho conseguiu aplicar golpe na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que deve passar de R$ 1 bilhão (valores corrigidos) em verbas destinadas a vários empreendimentos na região da Amazônia Legal.

O esquema de fraudes em recursos mandados para Mato Grosso desviou, inicialmente em R$ 133 milhões, teve investigações finalizadas em 1999 por sete procuradores, entre eles José Pedro Taques (atualmente senador da República) e Mário Lúcio Avelar, que atuava no Tocantins, depois veio para Mato Grosso e agora está em Goiânia.

Um dos amigos de Jader Barbalho, o ex-superintendente da Sudam Arthur Tourinho, é acusado de ter sido beneficiado com depósitos bancários feito por José Osmar Borges.

Tourinho teria, numa espécie de contrapartida, favorecido os projetos de Osmar Borges na autarquia, além de ter assegurado outras liberações irregulares para empresas beneficiadas com os fartos recursos do Finam.

O Ministério Público descobriu mais de 240 ligações telefônicas entre Jáder e Borges entre os anos de 1997 e 2001, embora Jáder tenha declarado no Senado, antes de renunciar ao mandato, após uma histórica briga com o também senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) que desde 1986 tinha tido apenas contatos esporádicos com Borges.

Dez anos depois de descoberto o escândalo, até o momento ninguém foi punido. Em Cuiabá há vários empreendimentos sob suspeita de terem recebido e desviado recursos da extinta Sudam.