Os investimentos estrangeiros diretos em empresas no Brasil chegaram a US$ 22,99 bilhões nos quatro primeiros meses do ano, segundo dados do Banco Central.
O resultado é praticamente o triplo do verificado no mesmo período do ano passado e já cobre mais de 40% da previsão do BC para o ano.
O valor foi mais que suficiente para cobrir o deficit do país nas suas transações de renda, serviços e comércio com o exterior, que somam US$ 18,12 bilhões no mesmo período, com crescimento de 9,4% na mesma comparação.
Em abril, os investimentos somaram US$ 5,5 bilhões, enquanto o deficit ficou em US$ 3,5 bilhões.
AÇÕES
Os investimentos estrangeiros em ações no país caíram 75% no quadrimestre, para US$ 2,1 bilhões.
Já as aplicações em títulos no mercado interno, que estão sofrendo a incidência de imposto maior desde o final do ano passado, registram agora um resultado negativo de US$ 1,1 bilhão (os saques superam os investimentos), ante aplicação de US$ 5,7 bilhões no início de 2010.
CAPTAÇÃO
A dívida externa de curto prazo caiu em abril em relação a março, depois de que o governo aumentou a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre captações de recursos no exterior sobre essas operações.
A dívida de longo prazo, no entanto, continuou crescendo.
Esse movimento foi registrado tanto nos empréstimos obtidos por bancos como por empresas. Os recursos externos destinados a linhas de crédito cresceram 17% em relação a dezembro, para o valor recorde de R$ 103 bilhões. Em relação a março, o aumento foi de 5%.
O aumento do endividamento de bancos e empresas por conta do dólar barato e dos juros baixos fora do país é uma das principais preocupações do governo.
Além do risco cambial, há o problema de que esse dinheiro "barato" acaba anulando a política de aumento de juros no país para controlar a inflação.
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