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Quinta-feira, 19 de Maio de 2011, 17h:00

Secretário Paulo Lessa quer 'cassar' regalias de ex-escrevente Beatriz Árias

Condenada a 8 anos por co-autoria no assassinato de juiz, Árias cumpre pena em casa

DA REDAÇÃO

Divulgação
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, desembargador aposentado Paulo Lessa, disse que as declarações da ex-escrevente Beatriz Árias é bancada financeiramente por alguma pessoa ou grupo para atacá-lo e tumultuar o julgamento do empresário Josino Guimarães, acusado de mandar matar o juiz Leopoldino Marques do Amaral, assassinado em setembro de 2009, no Paraguai. Árias, qualificada como co-autora do crime, foi condenada 12 anos de prisão e cumpre pena em regime semiaberto.

Árias acusa Lessa, quando ele ainda estava no Tribunal de Justiça, de obrigá-la a assinar um depoimento em que ele cogitava a possibilidade de o juiz Leopoldino estar vivo. Sobre isso, o secretario afirma que a ex-escrevente tenta se vingar pelo fato dele não ter dado importância às ameaças feitas por ela há 8 anos.

À época, Árias disse para o então desembargador, que tinha em seu poder um dossiê contra ele. A não divulgação do tal documento só não aconteceria se ele intercedesse na permanência dela no cargo de escrevente do Judiciário. Árias tinha sido demitida após ser condenada pela Justiça Federal. O promotor de acusação era o então procurador da República, Pedro Taques, atual senador pelo PDT de Mato Grosso.

A reação do secretário foi de encaminhar pedido à Vara de Execuções Penais para retirar regalias de Árias. Um desses benefícios é o fato dela cumprir o regime semi-aberto em casa, o que é proibido. Pessoas condenadas são obrigadas a ficar em albergue.

Outra regalia de Árias são as visitas ao marido, que está detido no presídio militar em Santo Antônio de Leverger. Lá, ela consegue entrar, segundo Lessa, a qualquer hora e sem dia marcado.