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Domingo, 20 de Setembro de 2020, 10h:50

Botelho diz que atuação do governo federal no Pantanal foi pequena e tardia

THAYS AMORIM

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado Eduardo Botelho (DEM), declarou que a atuação federal em relação aos incêndios do Pantanal foi pequena e tardia. Para o parlamentar, no momento, não falta capital financeiro para combater as chamas no bioma.

Divulgação

eduardo botelho deputado

“No momento não falta recurso. O governo estadual disponibilizou R$ 22 milhões e o governo federal, R$ 10 milhões. O recurso, nesse momento, vai ser suficiente. O problema é fazer isso chegar aqui para utilizar. O governo federal demorou a agir, agora que está mandando recurso. O governo do estado já vem gastando, já investiu muito aqui e está com uma estrutura grande. Houve uma participação do governo federal muito pequena e tarde”, declarou. 

Na última quarta-feira (16), a União disponibilizou R$ 10 milhões para a compra de equipamentos como abafadores, roçadeiras, sopradores, mangueiras e tanques para armazenamento de água. Pelo menos 32 projetos para combater os incêndios no Pantanal serão desenvolvidos em um prazo de 90 dias. 

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O anúncio foi feito pelo Ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, durante visita a Mato Grosso, nesta semana. Os municípios mais afetados pelos incêndios são Poconé, Barão de Melgaço e Cáceres, todos na região do Pantanal. Segundo o governo federal, a medida agiliza o atendimento à população.

O presidente da ALMT ressaltou que o objetivo agora é trabalhar para que os efeitos das queimadas sejam amenizados, principalmente em relação aos animais. Pelo menos 85% de parque no Pantanal que abriga maior refúgio de onças-pintadas do mundo foi destruído pelas chamas.

“Agora é fazer esse recurso, trabalhar o que pode ser amenizado, especialmente no trato dos animais que passarão por esse momento com falta de comida e de água. Isso reflete nos animais, que estão queimados. É o que pode ser feito nesse sentido e nós tomarmos as providências para o futuro. Agora, é amenizar o que está aí. A destruição já foi feita”, comenta.