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Segunda-feira, 03 de Agosto de 2020, 18h:57

PM diz que delegado se reuniu com família de empresário e advogado após morte de adolescente

LUIS VINICIUS

Um policial militar, que não teve o nome revelado e esteve na casa da família no dia em que a adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, foi morta com um tiro, afirmou que o delegado Olímpio da Cunha Fernandes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que à época investigativa o caso, se reuniu com o empresário e com o seu advogado Rodrigo Pouso após o fato.

A morte foi registrada no dia 12 de julho, no condomínio de luxo Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. M.M.C. é pai da jovem, também de 14 anos, suspeita de ter atirado na amiga. 

Reprodução

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 O depoimento do policial militar foi realizado na Delegacia Especializada dos Direitos e Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica)

Conforme o PM, após a chegada da Polícia Civil, o delegado Olímpio se reuniu com a família e o advogado para conversar, aguardando a chegada da Politec.

A informação consta no depoimento do militar prestado ao delegado Francisco Kunze da Delegacia Especializada dos Direitos de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), no dia 29 de julho. Durante a oitiva, o PM disse ainda que, a princípio, não constatou nenhuma desarrumação ou desorganização no local após a morte da adolescente.

“Contudo, notou que o corpo da adolescente estava ‘ajeitado’. Que o depoente afirma ter chamado a sua atenção foi a posição do corpo da vítima que estava ajeitado, ou seja, como se alguém tivesse arrumado, mas que possivelmente pode ter sido em razão das massagens realizadas pelo senhor (proprietário da casa); que o depoente percebeu uma quantidade considerável de sangue que saia da cabeça da vítima e seguia em direção ao ralo", diz outra parte da oitiva.

Desde a morte de Isabele, mais de 20 pessoas prestaram depoimento. A Polícia Civil indiciou o empresário por adulteração de armas.

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O inquérito das armas é um dos três abertos pela Polícia Civil para investigar a morte da adolescente. Outros dois procedimentos administrativos foram instaurados para investigar a conduta da menina de 14 anos, autora do disparo, e do empresário.

Conforme a Polícia Civil, no inquérito das armas, o pai da jovem foi indiciado pelos artigos 12, 14 e 16, da Lei 10.826/2003. No dia da morte de Isabele, policiais civis da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) encontraram sete armas na casa do homem, sendo duas sem registro. O empresário poderá pegar até seis anos de reclusão.