O delegado Carlos Eduardo Muniz, da Polícia Civil de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), confirmou que foi constatado, de forma técnica, que era Gustavo Ramos, 23 anos, e não Osmar Augusto Dallastre Martinelli, o motorista da caminhonete Chevrolet S10 branca que atingiu um caminhão estacionado, na manhã de 19 de abril. No acidente, a DJ Marina Laura Centena Duarte Viera, 19 anos, conhecida como “Bibi Perigosa” morreu.
Na época dos fatos, surgiu a hipótese de que a caminhonete estava sendo dirigida por Osmar Augusto Dallastre Martinelli, 18 anos, filho da prefeita da cidade, Rosana Martinelli (PR). A suspeita surgiu depois que foi descoberto que o veículo é de propriedade do esposo da chefe do Executivo municipal.
Muniz explicou que havia no celular de Marina vídeos que mostravam Gustavo dirigindo. Além disso, o sangue no airbag no lado do motorista comprovou que o material genético de Gustavo. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, tinha sete pessoas na caminhonete.
“Chegamos à conclusão que Gustavo era o condutor por uma série de provas técnicas, inclusive com a realização de exame de DNA. Buscamos provas técnicas porque havia uma séria de conflitos entre as versões das testemunhas. A primeira prova foi alguns vídeos no celular da própria vítima. Nesse dia, ela fez quatro vídeos e quem aparece conduzindo é a pessoa que se apresentou. O último vídeo que localizamos, como o celular que a vítima utilizava o horário é identificado pela rede e é preciso, o horário do último vídeo era às 4h27”, explicou o delegado durante coletiva de imprensa.
A autoridade policial explicou que no dia dos fatos Gustavo se apresentou como motorista. Depois das investigações, o delegado confirmou que o carro era dirigido pelo jovem.
“Hoje, por todas as provas técnicas que foram levantadas, podemos concluir que quem estava dirigindo foi à pessoa que se apresentou, o Gustavo. Temos convicção disso pelas provas técnicas, pelo próprio conflito do depoimento. A polícia está satisfeita com o trabalho feito”. É um inquérito que gerou muita polêmica e quero deixar bem claro para todo mundo que não estamos preocupado com ou A ou B. Estamos preocupados com a verdade. Estamos preocupados em trazer a verdade para quem está confiando na polícia, a verdade para a família da vítima”, afirmou o delegado.
Muniz explicou que Gustavo deverá ser indicado pelo crime de homicídio culposo na modalidade culposa, mas na modalidade culposa pela ingestão de álcool. Após ser finalizado, o inquérito deverá ser remetido ao Ministério Público (MPMT) que poderá oferecer denúncia a Gustavo.
Se for condenado, o jovem poderá ser condenado a 8 anos de reclusão.
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