A extremista Sara Giromini, que está em prisão domiciliar, em Brasília (DF), anunciou que está noiva na noite de domingo, dia 29. A própria ativista publicou a notícia em perfil nas redes sociais, junto com uma foto do pedido de casamento feito pelo seu namorado, Giovane Rodrigues. Na mesma publicação, Giromini afirmou que a união vai acontecer no próximo final de semana.
"Depois da tormenta, vem a paz. Hoje fui oficialmente pedida em casamento e claro, ao homem da minha vida, disse SIM. Tentaram me destruir, mas construíram uma pessoa 10 vezes mais forte. Enquanto uns babam de ódio, eu transbordo de amor. O casamento fica pro próximo fim de semana", escreveu ela, antes de citar: "Obs: tivemos que tomar suco de pêra disfarçado de champagne, pois por lei não tenho autorização pra consumir bebidas alcoólicas. Bem vindos à democracia do judiciário".
No dia 24 de junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acolheu pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a soltura de Sara Giromini e de outros cinco integrantes do movimento extremista "300 pelo Brasil", mas determinou que eles passem a usar tornozeleira eletrônica e fiquem proibidos de manter contato entre si.
Moraes determinou ainda que eles mantenham distância de, no mínimo, um quilômetro dos edifícios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, além de ficarem obrigados a permanecer apenas em suas residências e no local de trabalho, sem circular pelas ruas.
Prisão do grupo
A prisão da extremista e dos demais integrantes do grupo ocorreu no inquérito que apura a organização e realização de atos antidemocráticos, que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do STF. Ao pedir a determinação de medidas cautelares, o vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros aponta que, "levando-se em consideração a gravidade e a reprovabilidade das condutas pretéritas atribuídas aos membros do grupo, importa resguardar, ainda que de forma não tão intensa, a garantia da ordem pública e a regularidade da instrução criminal, de modo a reduzir os riscos de 'atos de interferência ou prejudiciais à investigação' advindos das respectivas solturas".
Segundo as investigações da PGR, o movimento liderado por Sara Giromini "se diz contrário a uma intervenção militar e propõe uma intervenção popular. Anunciou a formação de um grande acampamento no Distrito Federal para treinar militantes dispostos a defender o governo Bolsonaro".
Além de Sara, são alvos das medidas cautelares Emerson Rui Barros dos Santos, Érica Vianna de Souza, Renan de Morais Souza, Arthur Castro e Daniel Miguel, todos integrantes do grupo. Pela decisão de Alexandre de Moraes, eles não podem manter contato entre si e nem com os outros investigados no inquérito dos atos antidemocráticos.
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