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Sexta-feira, 22 de Maio de 2020, 16h:16

Bisavó acusada de enterrar recém-nascida viva vai a júri popular

WELLYNGTON SOUZA

A bisavó acusada de enterrar a neta indígena recém-nascida no quintal da casa em junho de 2018, vai a júri popular por determinação do juiz Conrado Machado Simão, da Primeira Vara Criminal e Cível de Canarana (a 838 km de Cuiabá).

Divulgação

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De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPEMT), Kutsamin Kamayaura enterrou a menor Analu Paluni Kamayura Trumai logo após seu nascimento. A mulher foi quem auxiliou no parto da neta, de apenas 15 anos.

Vizinhos acionaram a Polícia Militar e Civil, após denúncia de que a acusada cavou um buraco e enterrou a vítima. Ao iniciar a escavação em busca do corpo, os policiais ouviram o choro do bebê e constaram que a criança estava viva. Ela teria sido enterrada por volta das 16 horas e socorrida somente às 22 horas.

Depois de encontrada, os militares encaminharam a bebê até o Hospital Regional, onde foi entubada e logo após, alguns dias internadas, precisou ser transferida para a UTI Neonatal do Hospital Estadual Santa Casa.

Depois de ser detida, em agosto, o desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), acolheu o habeas corpus em favor de Kutsamin e revogou sua prisão.

A decisão atendeu a um pedido dos procuradores federais Rogério Vieira Rodrigues e Wesley Lavoisier de Barros Nascimento.

A mulher responde pelo crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e situação que dificultou a defesa da vítima, uma recém-nascida.

À Justiça, a mãe e a bisavó disseram que a recém-nascida estava morta, por isso, ela teria sido enterrada no quintal de casa. O caso acabou ganhando repercussão e um vídeo do resgate passou a circular as redes sociais na época.

Veja vídeo do resgate abaixo